(Eugênio Moraes/Hoje em Dia)
Na falta de mar, belo-horizontinos foram até à Lagoa da Pampulha para homenagear neste dia 2 de fevereiro aquela que consideram a deusa de todos os orixás, Iemanjá. Durante toda a manhã e parte da tarde, devotos levaram oferendas para referenciar a imagem da rainha do mar.
Teve de tudo um pouco. Muitas rosas, perfumes, velas, sabonetes, garrafas de champanhe, pipoca, feijão e diversos adornos. A aposentada Neusa Camparano e o sobrinho Pedro repetiram o ritual que fazem todos os anos. “Enquanto puder andar, venho. O mais importante é pedir saúde”, disse Neusa, antes de atirar na água um sabonete infantil, como forma de pedir proteção e saúde para as crianças da família. Ela também distribuiu rosas vermelhas e estourou um espumante.
Jaqueline Alves presenteou a mãe dos orixás com uma flor amarela. “O gesto nos traz bons fluídos”, acredita. As irmãs Thaís e Laís Oliveira foram à lagoa rezar e pedir ajuda no amor. “Queremos um namorado bonito, trabalhador e educado”, contaram.
A fé também rendeu lucro ao comerciante Marco Antônio Jesuíta. Há três anos, ele monta no carro uma barraquinha improvisada para vender artigos como velas (R$ 6), banhos líquidos (R$ 2,50) imagens de orixás (de R$ 20 a R$ 25) e anakanan (R$ 8), que é um banho de descarrego completo feito com essências de ervas. “No nosso caso, Iemanjá ajuda na vida e nos negócios”, afirmou.