Expectativa

Dia das Crianças: menos pessoas vão comprar presentes, mas quem for deve escolher opções mais caras

Pesquisa da UFMG frustra o comércio, já que as vendas devem ser menores este ano

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
29/09/2023 às 12:20.
Atualizado em 29/09/2023 às 18:23
Adriana dos Santos já começou a pesquisa de preços do brinquedo que pretende dar ao filho Davi, de 8 anos: “impossível não presentear”, diz ela (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Adriana dos Santos já começou a pesquisa de preços do brinquedo que pretende dar ao filho Davi, de 8 anos: “impossível não presentear”, diz ela (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Para frustração dos comerciantes de Belo Horizonte, as vendas para o Dia das Crianças podem cair neste ano. Apesar disso, os consumidores que irão às compras estão dispostos a pagar mais pelos presentes.

Pelo menos é o que mostra um levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas da Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead-UFMG), sobre a pretensão de compra dos consumidores para a data, divulgado nesta sexta-feira (29).

De acordo com a pesquisa, a expectativa de queda se dá em comparação com os resultados do ano passado. Em 2022, 44,2% dos consumidores responderam que tinham pretensão de presentear. Este ano, 41,9% afirmaram que vão às compras, uma queda de 5,40%. 

Por outro lado, o levantamento mostra que o número de consumidores dispostos a pagar o mesmo valor ou mais do que foi pago no ano passado aumentou, e passou de 64,2% para 74,7%.

Neste ano, o valor médio dos presentes a serem adquiridos deve ficar em R$ 83,52. Segundo a pesquisa, o orçamento disponível para 36,14% dos entrevistados é de até R$ 50 por criança.

Para 37,35%, cada presente deve custar entre R$ 51 e R$ 100. Já os consumidores que responderam que estão dispostos a pagar de R$ 101 a R$ 150 totalizam 16,87%.

O levantamento da UFMG mostra ainda que, até 12 de oubtubro, 54,55% dos entrevistados pretendem realizar a compra exclusivamente de forma presencial.

Já as compras feitas pela internet somam 25% do total de entrevistados. Para o Ipead-UFMG os resultados são importantes, pois reforçam o impacto positivo das vendas relacionadas à data sobre o comércio da capital, uma vez que a compra via internet se dilui por outras cidades e mesmo por outros países.

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