(Arquivo Pessoal)
Era para ser só uma sessão de fotos, um book dos noivos recém-saídos do cartório. Mas foi além. Surpreendida, do início ao fim, a estudante Carolyne Marks, de 25 anos, teve o que seria a mais agradável surpresa da vida. Em dose dupla, um presentão: a tão sonhada cerimônia de casamento e a prova de que amizades verdadeiras existem.
No Dia do Amigo, comemorado neste domingo (20) no mundo todo, histórias como a dela não raro são lembradas. É a comprovação de que a partir do carinho e do cuidado entre pessoas com caminhos diferentes pode nascer uma história em comum.
No dia 5 de maio de 2012, Carol, como é chamada, foi brindada pela grata surpresa de poder trocar alianças diante de dezenas de amigos e parentes. Um mimo da amiga-irmã Débora Alencar, de 27 anos. Em 14 de dezembro do ano seguinte, a história se repetiu, dessa vez com os papéis trocados.
“Naquela época, o Felipe, noivo da Carol, me procurou para tentar organizar uma cerimônia, já que estavam com pouco dinheiro. Comprei a ideia e ajudei a organizar tudo. Um ano depois, foi a Carol quem fez o mesmo por mim. Ela tomou a frente de tudo e me deu uma festa linda”, do buquê das damas à maquiagem da minha sogra, fez tudo com muito amor”, lembrou Débora.
Nas duas situações, o que uniu (ainda mais) as amigas – que já haviam até morado juntas – foi o “aperto” financeiro. Sem condições de contratar um cerimonial e fazer uma festa de primeira, como toda noiva sonha, elas decidiram colocar a mão na massa e fazer do sonho da outra, realidade.
“Somos amigas de verdade, quase como irmãs. A Carol chegou a morar comigo numa época em que estava passando por dificuldades. A gente até se emociona ao falar disso”, disse Débora.
Sintonia
A jornalista Raquel Santiago, de 33 anos, também tem do que se orgulhar quando o assunto é amizade. Afinal, passados 11 anos, ela pode dizer com convicção que tem um amigo de verdade. “Nos conhecemos na faculdade e tivemos uma sintonia muito forte desde o início. Sempre me ajudou, sobretudo financeiramente. Até quando precisei de grana para comprar minha casa, foi com ele que contei”, contou, referindo-se a Geraldo Lucciani, de 30 anos.
Da época em que se conheceram as lembranças são muitas, mas o que mais marcou Raquel foram, de fato, as “gentilezas financeiras”. “Eu vivia sem dinheiro e ele sempre me salvava. Lembro-me de um dia em que estava atrasada para um trabalho em grupo, acabei indo de táxi, mas não tinha como pagar. Meu socorro, como sempre, veio dele”, lembrou.
Companheiro de sala de aula, das aulas de teatro, confidente e padrinho de casamento. A promessa agora é que o primogênito, que espera para breve, seja batizado por ele. “Não tenho dúvidas de que meu primeiro filho será afilhado dele. “Costumo dizer que o melhor do curso foi ter conhecido ele. Mas o melhor de tudo mesmo é tê-lo em minha vida. Pra sempre”, afirmou Raquel.