(Ricardo Bastos)
BRASÍLIA – O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) deverá autorizar, até janeiro de 2013, o empréstimo de R$ 75 milhões para o projeto de revitalização da Lagoa da Pampulha – intervenção esperada para a Copa do Mundo 2014.
A estimativa é do gerente de Planejamento e Monitoramento Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Belo Horizonte, Weber Coutinho. Ele participou, ontem, do seminário “Copa 2014 – Oportunidades para a Sustentabilidade Urbana”, em Brasília.
O início de 2013 é considerado o prazo máximo para a assinatura dos contratos com a instituição financeira, já que o não cumprimento do cronograma colocaria em risco a conclusão dos empreendimentos a tempo dos jogos do Mundial. Mantida a previsão, as obras devem começar em meados do próximo ano. “Nós estamos com negociações bastante avançadas. O BID já conhece o nosso projeto, já esteve em Belo Horizonte duas vezes. Então, a nossa expectativa é a de que os recursos sejam autorizados o quanto antes”, afirmou Weber Coutinho. Técnicos da entidade retornarão à capital mineira no próximo dia 20 para fechar os últimos detalhes do financiamento.
Além dos recursos internacionais, o plano de revitalização da Pampulha prevê uma contrapartida de R$ 75 milhões do município. Outros R$ 102 milhões serão bancados pela Copasa, que já deu início às melhorias na rede de esgoto próxima à lagoa. Nos últimos dez anos, a cifra total gasta em procedimentos de recuperação da área ultrapassou R$ 200 milhões.
Sucesso
“Com a definição do BID, nós poderemos lançar o edital para a contratação das obras. Essa fase deve durar uns dois meses. Depois disso, é só começar a trabalhar”, completou Weber, que confia no sucesso das intervenções, apesar da demora na liberação da receita.
“O banco é muito criterioso, analisa todos os quesitos de sustentabilidade, a nossa capacidade de pagamento. Não há atraso, tudo está bem planejado para não haver nenhum risco”.
Oficialmente, o BID não coloca uma data limite para a transferência dos valores. Segundo a representante da instituição no Brasil, Daniela Carrera-Marquis, as propostas estão em estudo. “Nós queremos promover os financiamentos o quanto antes. Só falta acertar os últimos pontos”. Questionada ainda sobre a possibilidade de conclusão dos empreendimentos a tempo da Copa do Mundo, respondeu: “É isso que nós buscamos”.
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