(Ricardo Bastos)
Fernando Moreira terminou a graduação tecnológica na área de gestão comercial no ano passado. Ele trabalha oito horas por dia como servidor público. O seu curso foi feito a distância na faculdade Estácio de Sá. Neste ano Moreira voltou a estudar. Está fazendo pós-graduação em gestão de saúde e administração hospitalar. Os dois cursos vão ajudar o estudante na sua carreira, já que é diretor financeiro no hospital da Polícia Civil.
“O curso a distância tem mais flexibilidade de horário. Posso chegar em casa e me organizar mais tranquilo”, afirma Moreira. Assim como ele, milhares de estudantes têm optado pelo ensino a distância para ter o controle maior do tempo.
“A cada ano cresce o número de cursos e matrículas. O desenvolvimento tecnológico faz com que a distância seja vencida. A primeira geração era feita por correspondência. Hoje a interação pode ser quase que instantânea e há preocupação maior com materiais, como vídeos, animações e simuladores”, observa Ivete Palange, consultora da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abead).
Na avaliação de Raquel Chequer, gestora acadêmica da Estácio de Sá, a tendência é que o aluno tenha condição de optar pelo curso presencial ou a distância, de acordo com a disponibilidade de tempo e espaço dele. “Mas o aluno precisa ter muita disciplina e comprometimento, já que o curso dá autonomia para escolher o momento que vai estudar”, observa Raquel.
A Estácio de Sá tem 22 cursos a distância de graduação e cinco de pós-graduação. “As aulas são gravadas e o aluno tem a opção de escutar em qualquer lugar, como em um sítio ou viagem”, observa. A cada ano, as matrículas nos cursos a distância da faculdade têm crescido de 30% a 40%. “A nossa sociedade exige a formação de um aluno que muitas vezes já está no mercado de trabalho”, observa Raquel.
É o caso de Fernando Moreira. Ele se organiza diariamente para estudar, em média, de duas a três horas por dia.