Diva do samba, Aline Calixto participa do cortejo do "Garotas Solteiras": 'arte também é política'
A sambista Aline Calixto fez participação especial do cortejo do Garotas Solteiras: 'Arte também é política' (Rodrigo Oliveira / Hoje em Dia)
A sambista Aline Calixto subiu no trio elétrico do bloco "Garotas Solteiras" na tarde desta segunda-feira (20) para fazer uma participação especial.
Uma das músicas cantadas por ela e que mexeu com a emoção e a nostalgia dos foliões foi A lenda, da dupla Sandy e Junior. É a primeira vez que Aline realiza um desfile com o bloco.
“Nós já dividimos o palco em uma festa privada e foi muito legal, pois eu já curtia e era fã do Garotas Solteiras, antes de trabalharmos juntos. Além do repertório e da banda, também gosto muito do simbolismo que ele traz”, afirma.
A cantora se apresentou no último sábado (18) com o seu Bloco da Calixto, no qual homenageou mulheres icônicas da música - como Madonna, Marília Mendonça e Beth Carvalho.
Já o Garotas Solteiras, cujo nome é uma brincadeira com o hit Single Ladies, de Beyoncé, também é conhecido por exaltar divas do pop como Pabllo Vittar e Rihanna. Essa última, aliás, é a grande homenageada no desfile deste ano.
“Neste ano, em específico, o repertório do meu desfile foi praticamente todo composto por mulheres, cantado por elas ou que têm a mulher como foco de homenagem. O Garotas também tem essa pegada de homenagear mulheres e é uma forma de fortalecer nossa luta e marcar esse lugar que é nosso por direito”, afirma a cantora.
Outro aspecto destacado por Aline é o caráter político do bloco, que apoia abertamente causas como feminismo, direitos das pessoas LGBT+ e se posiciona contra casos de assédio nas redes sociais.
“O bloco acaba sendo uma extensão do que as pessoas são na vida. O Garotas Solteiras é composto por mulheres, gays e pessoas pretas. Assim como no meu bloco, estas pautas acabam aparecendo no bloco e é importante, pois a arte também é política”, aponta.
Como boa foliã, a cantora também adora a comunhão entre as pessoas em tempos de diversão e batuque.
“Acho muito bom irmos para as ruas, ocuparmos os espaços públicos e, ainda mais, de forma gratuita. A gente acorda de manhã, coloca um brilho na cara e vamos para a rua curtir a festa em qualquer canto da cidade”, diz.
Leia mais: