Docentes da UFMG decidem manter a greve que já dura 55 dias

  Pelo menos até o dia 21 de agosto, os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) continuarão em greve. Por 235 votos a favor, 10 contrários e oito abstenções, os docentes da instituição votaram a continuidade da greve, em assembleia realizada, na tarde desta segunda-feira (13), no auditório da Escola de Engenharia.    A greve na UFMG já dura 55 dias. De acordo com o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (Apubh), para os docentes o momento é de fortalecer o movimento e intensificar as ações para que o governo reabra, o mais rápido possível, as negociações com a categoria, encerradas unilateralmente no dia 1º de agosto.    A categoria reivindica que o governo reveja a sua proposta de reestruturação da carreira com uma malha salarial e de melhoria das condições de trabalho. A próxima assembleia da categoria será realizada no dia 21 de agosto, terça-feira, às 14h, no auditório da reitoria da UFMG.    Segundo o sindicato, durante essa semana, o Comando de Greve dos Professores realizará atividades para fortalecer a paralisação na instituição e reforçar o pedido para que o governo reabra as negociações com categoria.    Nesta terça-feira (14) será realizada uma plenária conjunta entre professores, técnicos administrativos e estudantes, intitulada “Unidade pela Melhoria das Condições de Trabalho e Estudo na UFMG!”, na escadaria da reitoria, a partir das 13h30.    Antes da plenária haverá uma concentração silenciosa em frente a reitoria para recepcionar os membros do Conselho de Pesquisa que participarão de uma reunião no local. A ideia é sensibilizá-los em relação à pauta de reivindicações da categoria. Em seguida, a plenária pretende avaliar a movimentação grevista das três categorias da educação.    Já na sexta-feira (17), os docentes da UFMG participam de uma manifestação unificada do funcionalismo público federal em greve. A concentração começará às 12h em frente a sede do Ministério da Fazenda em Belo Horizonte. Em seguida, os manifestantes seguirão em passeata até a Praça Sete, onde deverão reunir-se com representantes de diversos movimentos sociais.