(Frederico Haikal/ Hoje em Dia )
Dois anos depois de anunciar a requali-ficação do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, a Prefeitura de Belo Horizonte ainda trabalha em ajustes no projeto, exigência feita pelo Ministério do Turismo para a liberação de R$ 9,5 milhões, já disponíveis nos cofres da União. O município arcaria com outros R$ 3,5 milhões. A proposta é tornar a área de lazer mais amigável aos deficientes físicos e portadores de mobilidade reduzida, tornando-a plenamente acessível. A principal mudança em relação à proposta original é a implantação de um “circuito” nas extremidades do parque, possibilitando, a partir desse trajeto, a visitação a todos os pontos da área verde. Outros benefícios listados no projeto original foram mantidos: construção de sanitários adaptados, vestiário para funcionários e ambulantes, novos brinquedos e uma nova sede administrativa. O Parque Municipal, que tem 117 anos, se tornaria uma espécie de área de lazer modelo. A Sudecap não justificou a demora na conclusão do projeto, apresentado inicialmente em setembro de 2012. Informou apenas que realiza os ajustes, mas que ainda não há data para a assinatura do convênio. “O processo é demorado, pois o espaço é tombado pelo patrimônio e exige todo um cuidado para que as intervenções não prejudiquem o projeto original”, diz o diretor da Fundação Municipal de Parques, Homero Brasil. Na avaliação dele, o parque está em bom estado de conservação, embora não seja essa a impressão de alguns visitantes. “A pista de caminhada está muito ruim. Há buracos e desníveis em grande parte do percurso. Os banheiros também estão em situação precária e não conseguem atender a demanda. Já passou da hora de ter uma reforma”, diz a advogada Maria Aparecida Ferreira Batista. As entradas terão o calçamento em pedra substituído por pavimento liso, rampas de acesso e piso tátil. Haverá também reforma nas guaritas das portarias, bem como a modificação dos brinquedos. Os permissionários irão participar de licitações de dois em dois anos para a troca dos equipamentos. A ideia, de acordo com a Fundação Municipal de Parques, é que isso não eleve os custos para os frequentadores.