Dois foragidos suspeitos de participar no tiroteio em Itamonte, no Sul de Minas, que terminou com a morte de nove bandidos e um policial ferido, teriam sequestrado um taxista e dono de restaurante na noite deste domingo (23) para fugir da cidade. Segundos os militares do 57º Batalhão, testemunhas disseram que a vítima estava abrindo o estabelecimento, quando foi abordado pela dupla, que estava fortemente armada. Por volta das 22h30, os militares receberam uma informação dizendo que o taxista teria sido liberado em uma cidade do interior paulista. Os suspeitos continuam sendo procurados. Crime foi interceptado Os dois foragidos fazem parte de uma quadrilha especializada em explosão de caixas eletrônicos. O grupo vinha atuando em agências de Minas Gerais e de São Paulo. Na última sexta-feira, eles iriam atacar a cidade localizada no Sul de Minas. Porém, foram interceptados por uma operação envolvendo cerca de 120 policiais militares e civis de Minas Gerais e São Paulo. A ação terminou com a morte de nove criminosos. Outros cinco suspeitos foram presos. Um policial civil paulista também foi atingido e está internado em um hospital de São Lourenço, na região. Ele não corre risco de morrer. Sete carros foram apreendidos, além de forte aparato que seria utilizado durante a ação, como fuzis, espingardas calibre 12, pistolas, bananas de dinamite, munição e coletes à prova de bala. O material roubado da agência bancária foi recuperado, mas a polícia ainda não contabilizou o prejuízo ao banco nem o valor em dinheiro retirado dos caixas. A ação conjunta, que contou ainda com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que vinha investigando o grupo - formado por assaltantes mineiros e paulistas - há pelo menos oito meses, conforme o delegado chefe do 17º Departamento de Polícia Civil de Pouso Alegre, João Euzébio, responsável pela operação. Além de roubar caixas eletrônicos das cinco agências da cidade, a quadrilha planejava dominar o pelotão da Polícia Militar local. De acordo com o vice-presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil (Concpc) para a região Sudeste, Cylton Brandão, a migração dos criminosos entre os estados é constante. "É conversando diariamente que podemos nos preparar melhor para enfrentar as quadrilhas cada vez mais articuladas que atuam pelo interior do país”, explica o chefe da Polícia Civil de Minas.