Dono de empresa de aviação é preso suspeito de matar amante mineira na Itália

Amanda Paixão (*) - Hoje em Dia
03/09/2013 às 10:35.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:35

Foi preso na manhã desta terça-feira (3) o empresário suspeito de matar a mineira Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos. A mulher, que trabalhava para a empresa dele, foi encontrada morta na última sexta-feira (30) em um dos escritórios, localizado na cidade de Gambara, província de Bréscia, no norte da Itália. A informação da prisão do suspeito foi divulgada nesta manhã pela Ansa Brasil (Agência Italiana de Notícias).

Morando no exterior há 14 anos, a Marília era natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro e, segundo o jornal "Giornale di Brescia", estaria tendo um caso amoroso com Grigoletto. Em entrevista ao veículo italiano, tinha uma "fraqueza por mulheres".

Além disso, Salomão confirmou que a mineira estava "Ele quis eliminar o problema para salvar seu próprio casamento", disse.



Grigoletto foi interrogado durante toda a madrugada e, após entrar em contradição diversas vezes, foi preso a pedido do Ministério Público. Ele está sendo investigado por homicídio agravado, tentativa de ocultação de cadáver e de aborto. Apesar da prisão, o empresário não confessou o crime. No entanto, as investigações indicaram que ele chegou a criar uma conta fácil de e-mail para atribuir a uma outra pessoa uma suposta relação com a brasileira. Segundo o Ministério Público, Marilia foi "estrangulada, mas pode ter morrido por respirar gás".

Família


    Marília estava grávida de cinco meses. (Foto: Reprodução/ Ansa/Arquivo Pessoal)

Abalada com a morte da filha, Natália Silva, de 52 anos, não tinha sido procurada pelo Itamaraty ou pelo Governo de Minas, até a noite dessa segunda-feira (2). "Não tenho nenhuma informação, ninguém entrou em contato", disse. O último contato pessoal entre mãe e filha teria ocorrido há mais de um ano. Também na noite dessa segunda, o tio de Natália, o promotor de Justiça Fernando Martins, embarcou para Milão, juntamente com o pai da estudante, para cuidar do caso, inclusive do traslado do corpo.

Em nota, o Governo de Minas havia garantido que iria auxiliar as autoridades italianas nas investigações, além de prestar ajuda a família na remoção do corpo. O traslado, no entanto, ainda não tem data para ocorrer.

O caso
 
O corpo da mineira foi encontrado dentro do escritório da , empresa de compra e venda de ultralaves, na cidade de Gambara. Ela trabalhava no local e o cadáver foi localizado por James Conzadori, chefe de Marília. Conzadori tinha ido ao escritório para levar alguns documentos e se deparou com a funcionária caída no chão.

"Eu vi uma figura no chão, dois braços estendidos. A cabeça coberta de sangue. Eu estava com medo e eu fechei (a porta) mais uma vez", disse Conzadori à imprensa de Gamabara. Ele saiu e chamou a polícia. "Quando chegamos, imediatamente fechei o medidor de gás." De acordo com vizinhos, desde a noite de quinta-feira um forte cheiro de gás exalava do escritório.
 
Por meio da posição do corpo, das feridas na testa e outros detalhes, peritos confirmaram o homicídio e descartaram uma das hipóteses de que Marília tivesse caído depois de ser acidentalmente intoxicada por um gás que escapava da caldeira de tubo do escritório. Os investigadores acreditam que o gás metano foi liberado propositalmente para encobrir o assassinato. A caldeira foi recolhida pelas autoridades locais que também encontraram na cena do crime, um frasco de ácido.

(*) Com ANSA - Agência Italiana de Notícias

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