Fraldas sujas e faminta

Duas mulheres são indiciadas por sequestro e cárcere de bebê em Betim

Operação conjunta das polícias civil e militar trabalhou na busca pelo bebê, encontrado na última terça

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 02/02/2024 às 18:36.
"O que nos choca é um menor recém-nascido, de apenas seis meses, sofrendo as consequências disso, sendo mantido em cárcere", destacou a delegada Patrícia Sales Godoy (de cabelos escuros) (Divulgação / PCMG)

"O que nos choca é um menor recém-nascido, de apenas seis meses, sofrendo as consequências disso, sendo mantido em cárcere", destacou a delegada Patrícia Sales Godoy (de cabelos escuros) (Divulgação / PCMG)

Duas mulheres, de 33 e 40 anos, foram indiciadas pela Polícia Civil de Minas nesta sexta-feira (2), com a conclusão do inquérito policial que apurou o sequestro e cárcere privado de um bebê de seis meses, no bairro São João, em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O crime foi registrado na última terça-feira (30), quando a criança foi resgatada após a mãe, de 23 anos, procurar a delegacia. A criança foi encontrada enrolada em um lençol, em condições de completo abandono, com fraldas sujas e faminta.

Entenda o caso

A mãe do bebê, que teve envolvimento com o tráfico de drogas na região, procurou a Polícia Civil e relatou estar sofrendo constantes ameaças por parte de traficantes. Por conta de um tratamento médico, ela deixou o filho aos cuidados das duas vizinhas, integrantes do narcotráfico, e que estariam mantendo a criança refém até que uma suposta dívida no valor de R$ 500 fosse paga.

Contudo, investigações conduzidas pela 2ª Delegacia de Polícia Civil em Betim revelaram que havia a possibilidade, ainda, do bebê estar sendo utilizado como chamariz para uma emboscada.

“Colhemos indícios de que após a vítima mãe ter perdido drogas em razão de uma abordagem da Polícia Militar, em outra região, e ter sido liberada, a liderança do narcotráfico no bairro São João teria entendido que ela estava colaborando com as forças policiais”, revelou a delegada Patrícia Sales Godoy.

"O que nos choca é um menor recém-nascido, de apenas seis meses, que não tem condições de se relacionar com a criminalidade, sofrendo as consequências disso, sendo mantido em cárcere", completou.

As duas investigadas foram indiciadas, e o procedimento policial finalizado e encaminhado à apreciação do Ministério Público e Poder Judiciário.

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por