Crime brutal

Dupla é presa após agredir ‘rival de facção’ até a morte na Pampulha, em BH

Confusão começou após vítima e agressores trocarem “sinais” de organizações criminosas rivais durante festa

Bernardo Haddad
@_bezao
02/09/2025 às 12:49.
Atualizado em 02/09/2025 às 12:51
 (Valéria Marques/ Hoje em Dia)

(Valéria Marques/ Hoje em Dia)

Dois homens foram presos após agredirem um homem de 20 anos brutalmente até a morte no fim de uma festa na região da Pampulha, em Belo Horizonte, em 15 de junho deste ano. Um outro jovem também foi vítima de agressões, mas conseguiu fugir do local. Os detalhes do inquérito foram apresentados pela Polícia Civil nesta terça-feira (2). 

Conforme a delegada Ariadne Coelho, as agressões começaram após um dos suspeitos trocar xingamentos e sinais de facção contra a vítima durante uma festa em um “rooftop”.

O suspeito, que estava com o cabelo tingido de vermelho, seria um integrante da organização criminosa do Comando Vermelho (CV). A vítima teria dito a frase “tudo três” em referência à facção rival, o Terceiro Comando Puro (TCP), o que gerou o desentendimento. 

Após a festa, os suspeitos emboscaram os jovens em uma rua próxima. Um deles conseguiu fugir, o outro foi agredido brutalmente. Segundo a delegada, mesmo após a vítima estar desacordada, o suspeito continuou desferindo chutes na cabeça e gritando: “aqui é o crime, é só mais uma vida".

A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital Risoleta Neves, mas morreu uma semana depois, por conta de hemorragia intracraniana. Segundo a delegada, apesar de ter feito sinais de facções, não há registro de envolvimento do homem morto com o crime. 

Após investigações, a polícia identificou os suspeitos. Um deles foi preso na casa da avó, em Vespasiano, na Grande BH. O outro também foi localizado na cidade da região metropolitana, mas fugiu. Cinco dias depois, ele se apresentou à delegacia com um advogado. 

Suspeitos faziam parte de grupo criminoso chamado ‘Equipe Ódio’

Segundo a delegada Ariadne Coelho, os dois suspeitos faziam parte de um grupo chamado “Equipe Ódio” e tinham contato com criminosos do Rio de Janeiro, integrantes do Comando Vermelho. Pelas redes sociais, os dois ostentavam fotos com armas e drogas. 

Além disso, a delegada informou que um dos suspeitos tem diversos registros policiais, homicídios, tráfico de drogas, roubo, porte ilegal de arma de fogo e violência contra a mulher.

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