(SindUTE/MG/Divulgação)
Professores da rede estadual que estão em greve desde 21 de maio realizaram protesto e fecharam dois trechos das BRs 381 e 040 na manhã desta quarta-feira (28). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma das manifestações ocorreu na altura do quilômetro 451 da BR-381, em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte. No local, cerca de cem pessoas interditaram os dois sentidos na rodovia. Já na BR-040 o ato aconteceu na altura do quilômetro 526, em frente ao Ceasa. Os grevistas também fecharam o tráfego nos dois sentidos. Após pouco mais de 30 minutos de manifestação, o trânsito foi liberado pelos grevistas nos dois pontos. A presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE/MG), Beatriz Cerqueira, informou que os educadores querem chamar atenção das autoridades e da população. "Protocolamos a pauta de reivindicação da categoria em 31 de janeiro e até hoje o Estado não fez nenhuma negociação. Queremos negociar com o Governo, por isso dos protestos". Ainda conforme Cerqueira, cerca de quatro ônibus com professores foram para as duas rodovias. À tarde, eles irão seguir para a frente da Assembleia Lesgislativa de Minas Gerais (ALMG) onde está prevista uma nova assembleia da categoria, às 14 horas, para definir os rumos do ato. Conforme a Secretaria Estadual de Educação, a adesão da greve foi baixa. Balanço realizado pela pasta mostra que 99,86% das escolas estaduais funcionaram normalmente na terça-feira (27) e 666, o que equivale a 0,29% dos professores, de um total de 229.543 docentes, aderiram à paralisação convocada pelo sindicato. Reivindicações Dentre outras reivindicações, a categoria quer o pagamento do Piso Salarial Nacional no Estado, o descongelamento da carreira e a instituição de uma mesa de negociação para discutir a situação dos servidores afetados pela Lei 100. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que as principais reivindicações apresentadas não estão de acordo com a realidade da educação no Estado. "Minas Gerais tem, segundo o próprio Governo Federal, uma dos melhores sistemas estaduais de educação básica do Brasil e o Governo de Minas tem investido sistematicamente na valorização profissional dos educadores e na infraestrutura física do sistema", diz trecho da nota. "É importante esclarecer que em outubro do ano passado houve aumento salarial de 5% para todos servidores que integram a carreira da educação. Minas Gerais paga, desde 2011, um valor superior ao estabelecido pelo Ministério da Educação. Atualmente, o salário inicial de um professor com licenciatura plena em Minas Gerais é 42,93% superior ao piso nacional estabelecido pelo MEC. Na rede estadual de Minas Gerais o salário inicial do professor com licenciatura plena é de R$1.455,30 para uma jornada de 24 horas semanais. O piso nacional para 40 horas semanais é de R$1.697,39. Além disso, é importante destacar que o Governo de Minas sempre se manteve aberto ao diálogo com todas as entidades representativas dos servidores da Educação e com a categoria. Desde o início deste ano, já foram realizadas três reuniões do Comitê de Negociação Sindical (Cones), encontros periódicos que contam com a participação do Sind-UTE/MG. (25/02, 25/03, 23/04). A próxima reunião está agendada para o dia 27 de maio", prossegue. Ainda na nota, a Secretaria de Educação garantiu que antecipou de janeiro de 2016 para janeiro de 2014 a concessão do benefício de progressão da carreira dos profissionais de educação. Com a contratação de novos professores, o Governo informou que realizou o maior concurso da última década para a rede estadual de ensino. "Foram abertas 21.377 vagas, sendo 13.993 para cargos de professores e as demais para cargos administrativos. As nomeações desse concurso estão ocorrendo normalmente, tanto que já foram nomeados os aprovados para quase 80% do número de vagas. Foram 16.771 nomeações até o momento, 11.356 deles para cargos de professores e 5.415 para cargos administrativos". Atualizada às 9h00