Em carta, Jailson pede ajuda até do ministro Joaquim Barbosa

Uma das principais testemunhas do Caso Bruno, o detento Jailson Alves de Oliveira, enviou uma carta ao seu advogado, Ângelo Carbone, onde em tom desesperador pede para que ele consiga a sua liberdade provisória ou a transferência para outro centro de detenção. Na ocasião, ele ainda apelou para que a defesa que enviasse um fax ao presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, pedindo que ele fosse integrado ao regime semi-aberto e ao programa de proteção à testemunha, pois estaria jurado de morte na cadeia.

Na carta, Jailson ainda relata que estaria inseguro e sofrendo ameaças dentro da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde cumpre pena. Além disso, o detento afirma que endereçou uma carta ao diretor do presídio, mas que um dos agentes penitenciários teria "sumido com ela", e que, desde então, ele tem medo de que o homem faça "alguma coisa" com ele na cadeia. 

Por causa das supostas ameaças, Jailson pede para ser transferido a outra unidade. "Peço que eu seja transferido para APAC, em Santa Luzia, por que lá não tem polícia e nem agentes penitenciários. Por favor, não falte ao dia do juri, que o senhor esteja lá. Termino pedindo socorro e que me tire daqui [SIC]", disse o detento.   Confira na íntegra a carta que Jailson enviou ao advogado Ângelo Carbone:     Saudações Dotor Carbone,   Eu Jailson Alves de Oliveira. Venho por meio desta lhe pedir encarecidamente que o Senhor me tire daqui. Por que estou me sentindo inseguro aqui digo isto por que quando o Bruno me ameaçou e eu denunciei para a juíza e disse que eu avia mandado uma carta para o diretor avisando sobre a ameaça que o Bluno me fez. É que o agente não levou a carta aí depois deste dia este agente só me trata mau, e tenho medo de que este agente. Forje algunha coisa contra mim, e não me sinto seguro aqui. Pesso que o Senhor mande um fax para o Presidente Joaquim Barbosa e diga, a ele que o juiz daqui não acatou a ordem dele para me dar o regime cemi aberto e pessa a medida de proteção a testemunha porque desde que eu denunciei e passei a ser jurado de morte. Pela policia civil por agentes e por vários presos pelo fato de eu ter KAGUETADO os policiais. E o Bruno e Bola e corro risco de ser morto, eu pesso que eu seja transferido para APAC em santa Luzia por que lá não tem policia nem agentes e pesso que o Senhor NÃO FALTE NO DIA DO JURI que o Senhor esteja lá termino lhe pedindo socorro me tire daqui.