Taxistas que prestam serviço nas imediações do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fizeram protesto na manhã desta segunda-feira (12) e fecharam um dos acessos ao terminal. Conforme a Polícia Militar, os trabalhadores bloquearam os dois sentidos da LMG 800, na altura do quilômetro 8. Eles exigiram o fim dos chamados "piolhos", que são motoristas clandestinos que atuam no aeroporto e, sem pagar impostos, fazem corridas mais baratas. Segundo a PM, a manifestação ocorreu de forma pacífica e reuniu cerca de 60 taxistas. A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) informou que o congestionamento no trecho chegou a oito quilômetros, mas os motoristas fizeram rotas alternativas. O tráfego foi liberado por volta das 10h30, duas horas após a interdição da rodovia, e o trânsito já segue normalmente na LMG 800. O Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) informou que esteve no local negociando com os taxistas. "O órgão permanecerá com sua ações de combate a transporte clandestino na região do Aeroporto Internacional Tancredo Neves", disse em nota. A BH Airport, concessionária que arrematou o terminal, informou que a manifestação não houve impacto nas operações de embarque e desembarque. Por nota, a concessionária disse que orientar os passageiros sobre os riscos do transporte clandestino, por meio da veiculação de mensagens e alertas nos sistemas de som, nos painéis de informações de voos e pela afixação de cartazes informativos nas áreas de desembarque. "Da mesma forma, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves é constantemente monitorado por câmeras de segurança e, sempre que identificadas ações de motoristas clandestinos, a Polícia Militar e o DER, órgãos responsáveis pelo policiamento ostensivo e fiscalização desse transporte nas áreas públicas do aeroporto, são imediatamente acionados", destacou a BH Aiport. Reunião Durante reunião realizada entre a BH Airport, a Polícia Militar e representantes de cooperativas de táxis credenciadas, os envolvidos traçaram um plano de ações para implantação de melhorias operacionais na prestação dos serviços de táxis do aeroporto. As medidas serão desenvolvidas em conjunto também com a Polícia Civil e o DER-MG. Risco Diante dos preços mais baixos, ceder ao transporte ilegal pode parecer uma boa opção aos viajantes. Mas, com já alertou anteriormente o diretor de fiscalização do DER, João Baeta, os passageiros estão sujeitos a riscos. “Não há nenhuma garantia de segurança. Os veículos não passam por revisões periódicas, o condutor nem sempre tem a habilitação adequada e, se o veículo for pego, o passageiro poderá atrasar a chegada ao destino ou, se estiver indo para o aeroporto, perder o voo”. Ele acrescentou que há registros de bagagem extraviada, assaltos e estupro. Atualizada às 12h20