Em visita à UFMG, ministra Maria do Rosário defende punição de alunos envolvidos em trote

Raquel Ramos - Hoje em Dia
11/04/2013 às 19:47.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:45

A punição de pelo menos 60 alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que teriam participado de um trote violento e discriminatório, no dia 15 de março, foi defendida pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes. Nesta quinta-feira (10), ela participou de um debate sobre o tema, organizado pela reitoria da universidade em parceria com o Diretório Central dos Estudantes (DCE). O encontro fazia parte da campanha “Trote não é Legal”. “Ninguém está acima da Lei. O racismo é crime então a responsabilidade deve existir”, afirmou.    A penalidade, no entanto, não seria a única alternativa para lidar com o problema. “Em uma instituição de educação como a UFMG é, o principal é incentivar a reflexão. Essa atitude precisa ser pensada pelos próprios jovens envolvidos no caso para que possam mudar a forma de ver o mundo. Eu acredito na transformação das pessoas”.   Com cerca de 70 mil alunos, Rocksane de Carvalho Norton, vice-reitora da UFMG, acredita que o ambiente universitário apenas reproduz o que ocorre na própria sociedade. Mas ressaltou que como o fato ocorreu dentro de uma unidade de educação, a UFMG está trabalhando para cumprir o seu papel de formar cidadãos. “Tentamos, também, incluir minorias. Portanto, fomos uma das primeiras universidades a adotar políticas de inclusão, tanto social quanto racial”, disse.   Conforme determina o regimento interno da Universidade, uma Comissão foi criada para analisar o caso e estabelecer quais medidas podem ser aplicadas aos alunos envolvidos no trote polêmico. O prazo para divulgar o resultado da apuração ficará pronto até 19 de maio. Segundo Rocksane, eles podem ser punidos inclusive com expulsão.

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por