(Valéria Marques / Hoje em Dia)
A empresa responsável pela carreta que tombou na madrugada desta quarta-feira (13) no Anel Rodoviário, região Nordeste de Belo Horizonte, será multada pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), por infração ambiental. O veículo atingiu 10 casas às margens da via próximo à transição da BR-381.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) da FEAM, José Pires, a penalidade será aplicada devido ao risco à saúde gerado pelo derramamento da carga na pista. O valor da multa ainda não foi definido.
"A empresa será multada de acordo com o código 114 do decreto estadual 47.383/2018, por prejudicar a saúde, a segurança e o bem-estar da população", explica.
Pires afirma que a carga de insumos para a fabricação de ração pode liberar uma substância nociva ao meio ambiente, após o processo de putrefação.
"O sorgo é um risco para o meio ambiente, porque é um material orgânico. E todo material orgânico, quando começa a entrar em estado de putrefação, que não é o caso aqui, libera uma substância que contamina o solo e inibe o crescimento da vegetação", diz.
"Será determinado à empresa que entre em acordo com as famílias prejudicadas pela ocorrência e apresente esse acordo. Ela será responsabilizada por ressarcir às famílias", destacou.
O acidente
Uma carreta desgovernada tombou sobre casas às margens do Anel na Vila da Luz, na região Nordeste de Belo Horizonte, na madrugada desta quarta-feira (13). Segundo o Corpo de Bombeiros, quatro pessoas foram socorridas a hospitais, entre elas duas crianças e um homem que ficou soterrado.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), a carreta estava carregada de insumos de ração e as causas do acidente ainda estão sendo investigadas.
De acordo com a Defesa Civil de Belo Horizonte, dez casas foram atingidas pela carreta e interditadas por risco de desabamento. Ao todo, 25 pessoas foram impactadas.
Em nota, a Prefeitura de BH afirmou que desde o momento do acidente prestou todo o apoio necessário. "A Defesa Civil providenciou ajuda humanitária com a doação de cestas básicas, colchões, lençóis e cobertores", diz trecho do comunidado.
A Prefeitura de Belo Horizonte esclarece ainda que a retirada e o reassentamento de famílias que residem no Anel Rodoviário estão sendo conduzidos pelo DNIT e coordenados pela Justiça Federal.
(*) Com Valéria Marques