Empresário italiano chora ao detalhar como matou mineira grávida

Hoje em Dia*
21/03/2014 às 09:07.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:46

Durante audiência realizada no início desta semana, em Bréscia, na Itália, o empresário e piloto Claudio Grigoletto detalhou como matou a mineira Marília Rodrigues. Ao relatar o assassinato da amante, que estava grávida, o réu chorou muito e confessou que pensou em suícidio. O crime ocorreu em 29 de agosto, em Gambara. Rodrigues era natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O réu deve ser jugaldo pelo crime no dia 17 de abril.   Em seu depoimento, que durou duas horas, Grigoletto manteve a versão de que o crime ocorreu durante uma discussão. "Marília tinha uma tesoura nas mãos e tentou me atingir na garganta, então eu a peguei por um braço e a derrubei. Ela se chocou contra o batente da porta e começou a perder sangue da cabeça. Suas pernas tremiam, então eu coloquei as mãos no seu pescoço e o apertei", contou.   Conforme o empresário, ao perceber que a mineira estava morta, ele ligou o gás do local para dar a entender que a amante tinha morrido asfixiada. "Eu não queria acreditar naquilo que tinha feito, mas eu tinha consciência de tê-la matado. Quando percebi que estava morta, abri o gás da caldeira do escritório. Espalhei amônia e ácido clorídrico pelo corpo, depois peguei alguns jornais e tentei colocar fogo sobre ele".   Ele acrescentou que no primeiro momento negou a autoria do crime para ter seus últimos momentos de "felicidade" com os dois filhos que teve com sua esposa. Ao juiz, Grigoletto contou ainda que pensou em se matar várias vezes devido ao assassinato da mineira e também as dívidas contraídas por ele.    Entenda o caso   O corpo da mineira Marília Rodrigues, de 29 anos, foi encontrado no dia 30 de agosto, dentro do escritório da Aviação Alpi do Brasil, empresa de compra e venda de ultralaves, na cidade de Gambara, província de Bréscia, no norte da Itália. Marília, que estava grávida de cinco meses, trabalhava no local, e o corpo dela foi encontrado por James Conzadori, um dos seus chefes. Conzadori tinha ido ao escritório para levar alguns documentos e se deparou com a funcionária caída no chão.   Por meio da posição do corpo, das feridas na testa e outros detalhes, peritos confirmaram que se tratava de um homicídio e descartaram uma das hipóteses de que Marilia tivesse caído depois de ser acidentalmente intoxicada por um gás, que escapava da caldeira de tubo do escritório. As investigações indicaram ainda que o gás metano foi liberado propositalmente para encobrir o assassinato.   Dias depois do crime, a polícia prendeu o proprietário da empresa, Claudio Grigoletto. O filho que Marília estava esperando era de Grigoletto. No entanto, homem era casado e tinha outras duas filhas. Para o Ministério Público local, o crime foi praticado para encobrir a traição.   *Com Agência Italiana de Notícias

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por