Homem estava em um condomínio de luxo em Lagoa Santa
Coletiva de Imprensa aconteceu nesta quinta-feira (03) (Divulgação / Polícia Civil)
Dois homens, de 34 e 42 anos, foram presos preventivamente suspeitos do homicídio de um jovem de 25, morto a tiros, no bairro Tropical, em Contagem, na Grande BH. Segundo a Polícia Civil, o suspeito de 42 anos, apontado como mandante do crime, é empresário do ramo da construção civil e era amigo da vítima.
Ele foi localizado em um condomínio de alto padrão em Lagoa Santa, também na região metropolitana.
O segundo investigado, suspeito de ter atirado, já estava detido no sistema prisional por outros crimes. O homem trabalhava como pedreiro e prestava serviços ao empresário.
O homicídio ocorreu em 20 de julho de 2021, ocasião em que a vítima foi atraída sob o falso pretexto da venda de uma motocicleta, que ele havia anunciado na internet. O empresário, utilizando outro nome, teria se passado por interessado na compra do veículo para, assim, organizar o crime.
Ao retornar para casa, quando entrava na garagem com seu carro, a vítima foi surpreendida pelo suspeito e atingida por diversos tiros. A arma, uma pistola 380, bem como a moto que o suspeito utilizou, pertenciam ao empresário.
De acordo com o delegado Ítalo Fernandes de Almeida, a vítima “nutria forte apreço e laços de amizade com o autor intelectual do crime, relação que teve início meses antes, quando ambos se conheceram em um moto clube da região metropolitana de Belo Horizonte”.
Ainda segundo o policial, essa amizade, apesar de estabelecida há pouco tempo, teria evoluído para uma relação de confiança pessoal e comercial, tendo a vítima emprestado ao investigado R$ 100 mil. Após o prazo estabelecido para o pagamento, a vítima passou a cobrar o valor, sem, contudo, recebê-lo.
“Em momento algum, após a inadimplência desse indivíduo, houve uma ameaça, alguma coisa nesse sentido, muito pelo contrário, a vítima fazia de tudo para receber esse valor, mas sem causar um incômodo maior para o amigo”, informou Almeida.
Diante da cobrança da dívida, o suspeito articulou então o homicídio do amigo, contratando para isso o outro investigado para executar o crime. Em declarações prestadas à polícia, o suspeito de 34 anos confirmou ter sido contratado para cometer o homicídio mediante a promessa de pagamento no valor de R$ 50 mil.
Segundo o chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), delegado-geral Álvaro Huertas, além de não pagar a dívida que tinha com o amigo, o empresário também não quitou o valor que havia combinado com o outro investigado para a execução do crime.
Os suspeitos foram indiciados por homicídio, qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima.
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