A busca por caminhões-pipa disparou em Belo Horizonte e região metropolitana após o desabastecimento de água provocado pelo rompimento de uma adutora da Copasa, no início do mês.
Com o anúncio do rodízio de água, moradores que não estão na lista da Copasa reclamam de desabastecimento e cobram mais assistência. Sem retorno, eles tiveram que pagar pelo caminhão-pipa. A procura por esse serviço está tão alta que muita gente sequer consegue ser atendida.
De acordo com a Transnet Água Potável, de Venda Nova, antes, os atendimentos eram voltados às mineradoras e construtoras. A empresa conta com cinco caminhões e apenas um era disponível para a população em geral.
Ao Hoje em Dia, os responsáveis pela empresa afirmaram que a média diária de 15 chamados já passou de 100. A maior parte dos atendimentos é para pessoas que solicitam orçamento para encher caixas d'água.
A Transnet atende até 15 km da sede da empresa, e afirmou que vem recebendo muitos pedidos da Grande BH, como Ibirité e Ribeirão das Neves, mas nem sempre é possível reponder à demanda devido aos custos de deslocamento e à quantidade de chamadas recebidas ao longo do dia.
Situação parecida vem sendo presenciada na Lokarsena, que também faz o transporte e fornecimento de água potável para obras e, especialmente, para enchimento de piscinas. Mesmo com sete caminhões à disposição, a empresa disse que não consegue absorver a demanda de pedidos, que aumentou nos últimos dias.
De acordo com a Lokarsena, muitas obras em andamento na capital contam com o serviço deles, e não podem parar os trabalho por conta do desabastecimento. Com isso, não sobra tempo ou mão de obra para atender todos os moradores que fazem solicitações.
A empresa contou que as regiões com maior demanda estão em áreas mais altas de BH, como o Buritis, onde vem atuando desde essa quarta-feira (9), quando a região ainda não estava no rodízio da Copasa.
A Lokarsena afirmou que não vai mudar os preços por entender a importância da água para os clientes, e que fez doações para bairros mais pobres, que não têm condições de pagar pelo fornecimento. Foi o caso do bairro San Marino, em Ribeirão das Neves, onde a equipe entregou galões com as sobras de outro serviço prestado na região.
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