Respeito

Encenações em estação de BH conscientizam sobre assentos preferenciais nos ônibus

Ação faz parte de campanha que reforça nova lei municipal: todos os assentos devem ser cedidos a quem mais precisa

Ana Luísa Ribeiro*
aribeiro@hojeemdia.com.br
23/07/2025 às 15:35.
Atualizado em 23/07/2025 às 15:46
Atores encenam situações reais para alertar usuários sobre a importância de ceder o lugar a quem mais precisa no transporte coletivo (Valéria Marques/Hoje em Dia)

Atores encenam situações reais para alertar usuários sobre a importância de ceder o lugar a quem mais precisa no transporte coletivo (Valéria Marques/Hoje em Dia)

Situações reais do transporte coletivo foram encenadas nesta quarta-feira (23) na Estação São Gabriel, em Belo Horizonte, para chamar a atenção da população sobre o respeito à prioridade nos assentos dos ônibus. A intervenção buscou sensibilizar os usuários quanto à importância de ceder o lugar a quem realmente precisa, como idosos, gestantes e lactantes, obesos e pessoas com criança de colo, deficiência ou transtorno do espectro autista.

Atores encenam situações reais para alertar usuários sobre a importância de ceder o lugar a quem mais precisa no transporte coletivo (Valéria Marques/Hoje em Dia)

Atores encenam situações reais para alertar usuários sobre a importância de ceder o lugar a quem mais precisa no transporte coletivo (Valéria Marques/Hoje em Dia)

A iniciativa é parte de uma campanha de conscientização promovida pela Prefeitura de Belo Horizonte. A ação reforça a Lei Municipal nº 11.731/2024, que amplia o conceito de prioridade nos coletivos urbanos - convencionais e suplementares - e garante a preferência para qualquer pessoa que necessite, independentemente do lugar ocupado no veículo.

“Todos os assentos são preferenciais para quem mais precisa. A campanha busca conscientizar sobre o respeito, a solidariedade e o bom senso no transporte público”, explicou Rodrigo Pimenta, gerente da Superintendência de Mobilidade (Sumob), da PBH.

Além dos esquetes teatrais, a campanha também está presente nas redes sociais, em cartazes nas estações, nas TVs internas dos ônibus e no Jornal do Ônibus. As peças retratam perfis diversos, como crianças com TEA identificadas pelo cordão do quebra-cabeça, gestantes, pessoas com deficiência oculta e idosos.

Passageiros que estavam na estação aprovaram a ação. “Achei bem válida, porque todos vão envelhecer. A gente tem que pensar no outro, o respeito é mútuo. Essa conscientização deve vir desde novo”, disse Wagner Pereira de Souza, estoquista de 46 anos.

Já a passageira Evanilde Araújo Soares, de 66 anos, contou que, apesar de existir a regra, ainda é difícil ver o respeito acontecer. “Esses dias eu tô vindo para o centro e os lugares amarelos, que são prioritários estão todos lotados, e ninguém se levanta. Agora, tomara que as pessoas se conscientizem”.

Daniela Moreira, de 37, mãe atípica, reforçou a importância de se colocar no lugar do outro. “Tem momentos que a gente está cansada, com a criança em crise, e tem adolescente que não cede o lugar. É difícil”, disse.

Segundo dados da PBH, em maio, o transporte coletivo transportou 23,3 milhões de passageiros. Desse total, 3,5 mil, cerca de 15% utilizam a gratuidade. Atualmente, 43,5 mil pessoas com deficiência usam o Cartão BHBUS Inclusão, além de 396,2 mil idosos com o BHBUS Master e 10,5 mil pessoas de outras gratuidades.

A campanha busca conscientizar a população sobre o uso correto dos assentos no transporte coletivo de BH (Valéria Marques/Hoje em Dia)

A campanha busca conscientizar a população sobre o uso correto dos assentos no transporte coletivo de BH (Valéria Marques/Hoje em Dia)

* Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca

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