Enfermeira suspeita de fraudar vestibular da UFU não poderá fazer nova prova

Do Portal Hoje em Dia (*)
24/07/2012 às 21:04.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:49

A enfermeira Deborah Cristina Silva Maia que é suspeita de ter fraudado o vestibular de medicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Triângulo Mineiro, será proibida de participar de novos processos seletivos na instituição. A informação é do jornal Correio de Uberlândia e foi publicada nesta terça-feira (24). A próxima fase do concurso será realizada nos dias 4 e 5 de agosto e a segunda etapa, nos dias 18 e 19 do mesmo mês.

A diretoria de Processos Seletivos da UFU explicou que a proibição é embasada pelo edital do processo seletivo 2012-2, publicado pela UFU em março e que orienta que “o candidato que se utilizar de meios fraudulentos ou ilícitos, em qualquer etapa do Processo Seletivo 2012-2, será eliminado”.

Em entrevista ao jornal da cidade, o representante comercial Alexsandro Maia, marido de Deborah, afirmou que a mulher dele não tem intenção de fazer as novas provas em agosto. Para a procuradoria do Ministério Público Federal como não há ação civil pública e nem ação penal contra ela, caso a mulher entrasse na Justiça, ela poderia conseguir o direito de fazer a prova.

Conforme o jornal de Uberlândia, a Polícia Federal (PF) não concluiu o inquérito passado um mês do cancelamento do processo seletivo 2012-2 da UFU. O servidor da Universidade Nilton Batista dos Santos e da enfermeira Deborah Cristina Silva Maia são investigados sobre o vazamento de 20 questões das duas fases do vestibular. O delegado federal Ricardo Ruiz da Silva deve pedir a prorrogação do prazo para encerrar o inquérito, de acordo com o Correio de Uberlândia.
 
A perícia analisa as anotações de supostas questões do vestibular encontradas na casa da enfermeira no dia 24 de junho e as imagens das câmeras de vigilância da UFU. As filmagens poderiam mostrar se Nilton dos Santos teve acesso às provas do vestibular.

Um inquérito foi instaurado pela UFU para apurar num prazo de 60 dias se houve participação ou não do servidor. O suspeito não tem comparecido ao trabalho desde o início das investigações, conforme o reitor da universidade informou ao jornal Correio de Uberlândia.

De acordo com a UFU, a instituição terá um prejuízo de R$ 900 mil devido ao cancelamento das duas fases do vestibular e a consequente necessidade de realização do novo processo seletivo. No total, a UFU vai gastar R$ 1,8 milhão com as provas canceladas e as novas que serão feitas em agosto.

(*) Com informações do jornal Correio de Uberlândia.

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