Ércio Quaresma pede presença de delegada ou suspensão do julgamento de "Bola"

Milson Veloso e Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
22/04/2013 às 10:06.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:01

Um dos personagens mais polêmicos no caso que envolve o desaparecimento e morte da ex-modelo Eliza Samudio, o advogado Ércio Quaresma, voltou a chamar a atenção nesta segunda-feira (22). No começo do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o defensor pediu a presença de uma delegada ou a suspensão dos trabalhos.

Ele defende o ex-policial civil e solicitou à juíza Marixa Fabiane a presença da delegada Alessandra Wilke, que está em Ipatinga, devido às investigações das mortes de um jornalista e um fotógrago. Quaresma disse que não se opõe à chegada dela mais tarde. Caso contrário, o defensor pede para que seja adiado o julgamento de "Bola".

Ércio alegou ainda outras duas questões que inviabilizariam a realização do julgamento. Ele citou o recurso especial do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que está em avaliação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde 2010, no qual denuncia todos os réus envolvidos no crime pela morte de Eliza Samudio.

Caso o recurso seja favorável, réus como Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno, e Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro, seriam julgadas novamente pelo crime de homicídio. Fernanda foi julgada em novembro de 2012 por cárcere privado e sequestro de Eliza Samudio e do filho dela Bruninho, sendo condenada pelos crimes. Já Dayanne foi absolvida, em março deste ano, dos crimes de cárcere privado e sequestro de Bruninho.

O defensor questionou também a ausência do jornalista José Cleves da Silva, que foi arrolado pela defesa. O profissional ficou conhecido após fazer uma série de reportagens na qual denunciava a corrupção da polícia mineira. Ele foi apontado durante as investigações da morte da mulher dele como autor do crime.

A apuração do caso foi conduzida pelo delegado Edson Moreira. Cleves foi absolvido do crime e alegou que o investigador plantou provas contra ele durante o inquérito. A intenção da defesa ao arrolar o jornalista é mostrar que "Bola" estaria sendo alvo de perseguição do delegado.

O réu é acusado de ter matado e escondido o corpo de Eliza, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. O crime aconteceu em junho de 2010 e, até hoje, o caso ainda não teve um desfecho.

Na entrada do Fórum, outro advogado de Marcos Aparecido, Fernando Magalhães, disse que o cliente não vai confessar a participação no crime. "Não se confessa o que não fez", declarou.

Acompanhe o julgamento em tempo real pelo Portal Hoje em Dia.

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