Sem autorização para funcionar, a Escola Infantil Interagir, onde uma criança de um ano e dez meses foi mordida mais de 50 vezes, pode fechar as portas definitivamente. Secretaria Municipal de Educação de Contagem, a instituição não tem alvará para exercer as atividades. A situação só foi descoberta pelo pai da menina.
Em entrevista à TV Record Minas, o diretor de licenciamento urbanístico, Eduardo Morais, a partir desta terça-feira (22) as aulas estarão suspensas. Segundo ele, além do embargo, a diretora da instituição recebeu uma notificação para concluir o processo de licenciamento em dez dias, sob pena de arquivamento do processo e embargo definitivo. Na segunda-feira, a mulher prestou depoimento à polícia, mas o conteúdo não foi divulgado.
Ainda segundo a Secretaria, o estabelecimento funciona há quase um ano em meio, mas nunca havia sido fiscalizado pela prefeitura. Em contrapartida, o advogado da escola, Francisco Simin, que também esteve na defesa do ex-goleiro Bruno Fernandes, alegou que documentos foram apresentados à Justiça que, segundo ele, permitiriam que a escola funcione até que a prefeitura emita o alvará. O pedido estaria sob análise.
Mordidas pelo corpo
O caso teria acontecido dentro da escola infantil, no bairro Novo Eldorado. Os pais da menina formam comunicados por telefone sobre o ocorrido. Quando chegaram ao local, eles ficaram revoltados ao ver as marcas no corpo da filha. A Polícia Militar foi acionada para registrar um boletim de ocorrência.
De acordo com a PM, a responsável pela escola alegou que a menina estava dormindo quando outra criança cometeu a agressão. Além disso, ela disse que havia uma festa no local e que por isso os funcionários não ouviram o choro da garotinha.
A menina foi levada pelos pais ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer um exame de corpo e delito. Eles também acionaram um advogado para entrar com uma representação judicial contra a escola.