(MAURÍCIO DE SOUZA)
Ao justificar o aumento nas mensalidades escolares em um patamar superior ao da inflação, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep) atribui o reajuste médio de 10%, em Belo Horizonte, aos investimentos em tecnologia e encargos trabalhistas. Nesta semana, uma pesquisa do site Mercado Mineiro, realizada em 44 colégios da capital, apontou que o reajuste teria sido ainda maior, em torno de 14%. Foram analisados cursos do 1º ao 9º anos do Ensino Fundamental e do 1º ao 3º anos do Ensino Médio. Segundo o presidente do Sinep, Emiro Barbini, investimentos em novas tecnologias e os encargos trabalhistas com professores e funcionários motivaram a elevação. “Cada escola pode montar a planilha de custo de acordo com a realidade da instituição. Isso é livre, mas é preciso levar em consideração alguns pontos. O fator humano, nesse casos os salários pagos, e a compra de equipamentos novos obrigaram esta situação”, destaca. Sem motivo Os docentes contestam os itens apresentados pelo Sinep para o reajuste das mensalidades superior à inflação, que deve fechar 2014 na casa dos 6,5%. Para o presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), Gilson Reis, não há nenhuma relação entre o reajuste e o pagamento dos salários. Segundo ele, no acumulado dos últimos seis anos, o custo da mensalidade foi 23% maior que o reajuste dos vencimentos. Além disso, as discussões em torno do próximo aumento acontecem somente a partir de abril de 2015, enquanto a mensalidade começa a valer em janeiro.