(RENATO COBUCCI)
Frequentadores da Praça da Liberdade, um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte, estão com medo de assaltos no período da noite por causa da escuridão que toma conta do local. Várias lâmpadas estão queimadas. A parte menos iluminada fica próxima da rua Gonçalves Dias, em frente ao prédio onde funcionou a Secretaria de Estado de Segurança Pública.
A reportagem do Hoje em Dia constatou que sete lâmpadas que ficam no piso da praça estão queimadas há mais de três meses. “Evito fazer minha caminhada depois das 23h, quando o movimento é menor. É uma vergonha o cartão-postal da capital não receber a atenção devida”, afirma a professora Paula Nunes Moreira, de 26 anos, moradora da Savassi.
Manutenção
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) é responsável pela iluminação da Praça da Liberdade. A empresa informou que irá enviar uma equipe no local na segunda-feira para fazer uma vistoria. As lâmpadas dos postes que estiverem queimadas serão trocadas.
De acordo com a Vale, responsável pela manutenção da praça, as lâmpadas instaladas no chão estão desligadas em função de uma mudança no sistema de iluminação. A empresa esclareceu que esse sistema tem o propósito de sinalização.
Histórico
A manutenção da Praça da Liberdade é feita há 20 anos pela Vale. A empresa informou ter investido R$ 3,2 milhões em reformas e outros R$ 12 milhões na manutenção.
Nas décadas de 1950 e 1960, prédios modernos foram incorporados ao conjunto, como o Edifício Niemeyer e a Biblioteca Pública, ambos projetados por Oscar Niemeyer.
Nos anos 1980, em estilo pós-moderno, foi inaugurado o prédio conhecido como Rainha da Sucata, onde hoje funciona o Memorial da Mineração.
Um coreto e fonte luminosa são outros atrativos. O traçado e os jardins, inspirados no Palácio de Versalhes, são um convite a caminhadas.