Especialista defende repasse mensal a empresas de ônibus

Danilo Emerich - Hoje em Dia
29/05/2014 às 08:04.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:47
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A melhoria do transporte público de Belo Horizonte requer uma revisão dos contratos com as empresas de ônibus. Em vez de a arrecadação das tarifas ser feita diretamente pelas concessionárias, o estabelecimento de repasses fixos mensais pelo serviço prestado seria uma solução para evitar lucros abusivos. A defesa desse novo sistema é do economista João Luiz da Silva Dias, ex-presidente da extinta Metrobel, da CBTU e da BHTrans.

Ele é um dos palestrantes do Seminário Meio Ambiente e Cidadania 2014 – Equações para o caos da mobilidade urbana, que será realizado na sexta-feira (29), no Cine Theatro Brasil Vallourec, em Belo Horizonte. O evento é promovido pelo jornal Hoje em Dia e chega à sua 12º edição.

Segundo João Luiz, todo o dinheiro arrecadado com as tarifas dos coletivos deveria ser recolhido diretamente para o órgão gestor, a BHTrans, e só depois um valor fixo, por mês, seria repassado para as empresas de ônibus.

“O transporte público não deve ser tratado como mercado de lucro. Deveria ser subsidiado pelos governos municipal, estadual e federal, e ser tratado como um bem público. A boa locomoção das pessoas pela cidade interessa à sua própria economia”, afirma.

Ele também critica a falta de integração tarifária entre os coletivos municipais e os metropolitanos e de diálogo entre os governos para que as melhorias ocorram. “Há sempre uma questão política por trás. Esse problema fez perdemos recursos para a implementarmos das linhas 2 e 3 do metrô, por exemplo”, afirmou.  

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