Especialistas afirmam ser impossível parar todos os serviços em uma cidade

Renata Galdino
rgaldino@hojeemdia.com.br
19/03/2020 às 07:59.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:00
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Diminuir a circulação de pessoas na cidade é essencial para reduzir a velocidade do aumento de casos da Covid-19 e a sobrecarga no sistema de saúde, enfatiza o sanitarista Alexandre Chieppe, diretor médico da distribuidora Medlevensohn. Com menos gente nas ruas, evita-se o risco de transmissão do vírus.Lucas PratesQuem buscou espaços de lazer não conseguiu entrar; ordem é impedir aglomeração

Porém, parar toda a economia é impossível. “Serviços essenciais, como supermercados e hospitais, devem ser mantidos. Uma parte da população vai continuar (transitando), mas só deve trabalhar presencialmente quem efetivamente precisa”, reforça. 

Para as pessoas que não podem ficar em casa e necessitam sair às ruas, cautela e prevenção. “Elas devem adotar a etiqueta respiratória e seguir as recomendações das autoridades de saúde. Assim, cuidam da própria saúde e do próximo. Vale lembrar que elas têm familiares”, frisa Alexandre Chieppe.

Escolas

Nesta quarta-feira (18), o governador Romeu Zema informou que a suspensão das aulas na rede estadual deverá ser ampliada até o início de abril. A possibilidade é analisada e poderá ser anunciada nesta sexta-feira (20).

O chefe do Executivo mineiro disse que a preocupação é com os mais jovens. “Eles têm o sistema imunológico mais forte, mas podem levar o vírus para as pessoas mais velhas, como os avós”.

Medida anunciada também pelo governo do Estado é a redução das cirurgias eletivas, que podem ser remarcadas, como as bariátricas. O objetivo é diminuir a ocupação dos leitos de CTI, hoje em 73%, para receber pacientes mais graves de coronavírus. 

Até o momento, conforme boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), 19 casos de Covid-19 foram confirmados em Minas. Os pacientes são de Belo Horizonte (10), Coronel Fabriciano (1), Divinópolis (1), Ipatinga (1), Juiz de Fora (2), Nova Lima (1), Patrocínio (1); Sete Lagoas (1), Uberlândia (1).

Outras 703 notificações seguem sendo investigadas. Ainda segundo a pasta, 88 foram descartadas.

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