Quadrilha

Esquema de compra de CNH em outro Estado é descoberto em Minas; 17 pessoas são indiciadas

Suspeito de intermediar negócio junto a órgão de trânsito de Goiás é de Carmo do Paranaíba

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 09/12/2024 às 14:38.
Operação revelou a existência de movimentações financeiras suspeitas, possivelmente relacionadas com ocultação de valores (Divulgação / CNH)

Operação revelou a existência de movimentações financeiras suspeitas, possivelmente relacionadas com ocultação de valores (Divulgação / CNH)

A Polícia Civil de Minas divulgou, nesta segunda-feira (9), que concluiu as investigações sobre um esquema criminoso de recrutamento e facilitação na obtenção de Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Uma pessoa que mora em Carmo do Paranaíba, no interior do Estado, é suspeito de atuar como intermediário - no total, 17 pessoas foram indiciadas

O trabalho investigativo, realizado pela Delegacia de Polícia Civil em Carmo do Paranaíba, aponta indícios de crimes contra a fé e a administração pública, lavagem de dinheiro e possível organização criminosa.

Conforme apurado, a atuação do principal alvo da Polícia Civil consistia na intermediação com o órgão de trânsito de outro estado para suposta aquisição facilitada de CNH sem seguir os procedimentos legais exigidos para a obtenção do documento.

Os contratantes dos serviços do indiciado forneciam seus documentos pessoais, com exceção de comprovante de residência, tendo em vista que este era falsificado, gerando cadastro irregular nos sistemas de trânsito.

O indiciado, após receber expressivos valores das pessoas que o contratavam, as levava até outro estado para que passassem pelo procedimento administrativo de aquisição de carteira de habilitação por meio de uma autoescola, também alvo de investigações pela Polícia Civil de Goiás.

Durante as investigações, foi deflagrada a operação Hipnos, em 7 de dezembro de 2022, sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, com a apreensão de documentos e dispositivos eletrônicos que foram analisados. A operação revelou ainda a existência de movimentações financeiras suspeitas, possivelmente relacionadas com ocultação de valores provenientes das atividades ilícitas.

A escolha do nome Hipnos faz alusão ao deus grego do sono, simbolizando a ilusão e a ocultação de irregularidades em operações fraudulentas. O esquema criminoso explorava a confiança depositada nos serviços públicos, burlando procedimentos legais e comprometendo a credibilidade do órgão.

Desdobramentos

A primeira fase das investigações terminou com a conclusão do inquérito e o indiciamento de 17 investigados - todos os contratantes dos serviços do alvo principal se tornam coautores dos crimes de falsidade ideológica e falsificação de documento público.

De acordo com a delegada Mariana Lemos de Campos, o trabalho da Polícia Civil continua para identificar outros envolvidos no esquema criminoso, bem como aprofundar a análise do material apreendido.

“Nosso objetivo é garantir que todos os responsáveis sejam identificados e devidamente responsabilizados perante a Justiça, reafirmando nosso compromisso com a legalidade e a transparência”, afirma a delegada.

Como denunciar

A Polícia Civil de Minas ressalta a importância da população no combate ao crime. As denúncias podem ser feitas via Disque-Denúncia 181 ou pelo telefone da Delegacia em Carmo do Paranaíba (34) 3851-2070 (WhatsApp) de forma sigilosa.

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