Paralisação

Estações de ônibus em BH registram movimentação intensa em dia de greve do metrô

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
14/12/2022 às 08:30.
Atualizado em 14/12/2022 às 08:50
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

As estações do Move em Belo Horizonte registram intensa movimentação na manhã desta quarta-feira (14), dia de greve dos metroviários. Devido à paralisação, muitos passageiros precisaram recorrer às viagens de ônibus para chegar ao trabalho. 

É o caso da cuidadora de idosos Nair Batista, de 59 anos, que teve que mudar seu roteiro para conseguir chegar ao local onde trabalha no Santa Tereza, região Leste da capital. 

“Eu não sabia da greve, fui pega de surpresa. Uso o metrô todos os dias e agora estou pedida. Vou ver se consigo um ônibus ali na estação São Gabriel, toda vez é esse transtorno”, lamenta.

 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Reflexo da paralisação, na estação São Gabriel, região Nordeste da capital, os coletivos circulam com intervalo de dois minutos, mas ainda assim saíam lotados. Usuários reclamam do transtorno gerado pela greve do metrô. 

Ludmilla Paula, de 31 anos, relata que os ônibus que já costumam estar cheios estão ainda mais lotados nesta quarta. “Sempre que tem greve do metrô o Move parece que tem o dobro de passageiros porque a alternativa das pessoas para o metrô acaba sendo os ônibus. Inclusive, acho que deveriam aumentar o número de moves”, opina. 

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Sensação parecida foi sentida por Mylene Alcântara, de 25, que também notou uma maior movimentação. “Eu não sabia da greve, mas notei que estava mais lotado, está muito cheio. Já é cheio e sem metrô fica mais ainda”, reclama.

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

A reportagem procurou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH) e a BHTrans sobre o aumento de ônibus e aguarda retorno. 

Greve 

A paralisação desta quarta-feira faz parte de mais uma greve iniciada pelos metroviários da capital contra a privatização do transporte. A greve de hoje é por tempo indeterminado e, desta vez, a categoria tenta agora barrar o leilão marcado para 22 de dezembro, na B3, em São Paulo. 

Segundo o Sindimetro, após a desestatização haverá uma demissão de quase 1,6 mil funcionários da CBTU que atuam em Minas Gerais. Além disso, os metroviários alegam que após a concessão haverá aumento de tarifa. 

Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a paralisação total desta quarta afeta cerca de 100 mil usuários. 

Em nota, a CBTU informou que vai acionar a Justiça para garantir uma escala mínima no transporte público.

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