(Lucas Sanches / Hoje em Dia)
Quem precisou de ônibus no Barreiro passou sufoco no início da manhã desta quinta-feira (2). Segundo a BHTrans, nenhum carro deixou a estação no intervalo entre 7h e 8h.
Mais cedo, entre 6h e 7h, somente 1% das viagens foram iniciadas. As demais estações que tiveram maior impacto nesta manhã foram Venda Nova (2%), Pampulha (6%) e Diamante (13%).
No intervalo entre 8h e 9h, mais uma vez nenhum carro deixou a estação do Barreiro. Venda Nova registrou 4% das viagens e Pampulha e Diamante tiveram somente 8% de partidas.
A greve
Os motoristas de ônibus retomaram a greve que tinha sido suspensa na semana passada. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial, que está congelado há três anos.
Na tarde desta quarta-feira (1), o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Belo Horizonte (STTR-BH) rejeitou a proposta de reajuste salarial e de benefícios enviada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Público (Setra-BH) na terça-feira (30).
Segundo o presidente do sindicato dos motoristas, Paulo César Salomão, será respeitada a decisão do Terceiro Tribunal Regional do Trabalho (TRT-3), com frota mínima de 60%. Na última paralisação, no entanto, nos dias 22 e 23 de novembro, o número de ônibus circulando na capital não chegou à quantidade estabelecida pela Justiça.
De acordo com o STTR, foi apresentado um reajuste linear de 9% no salário e um aumento no pagamento adicional de função, que sairia de 10% para 20%. A categoria ainda pedia o retorno do pagamento do ticket alimentação durante as férias e um intervalo máximo de 30 minutos durante a jornada, que não foram ofertados.
Ao longo do dia, duas assembleias foram realizadas pelos trabalhadores. Na parte da manhã, 29 votaram contra e 24 a favor. À tarde, foi rejeitada por unanimidade. A categoria ficará de braços cruzados até que um acordo seja estabelecido.