"Este é um dos maiores julgamentos da história do Brasil", disse o promotor de Justiça de Minas Gerais, Francisco Santiago, que já participou de mais de 1600 júris e acompanha o julgamento de Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", e Fernanda Castro, no Fórum de Contagem. Segundo Santiago, a importância do julgamento é dada pelo envolvimento de uma pessoa muito conhecida do público, um jogador de futebol. Mas, apesar de ser um ídolo do povo brasileiro, o promotor não acredita que os réus sejam absolvidos das acusações. "Não vejo outro resultado além da condenação", ressaltou. O promotor destacou ainda o fato de o julgamento ter sido desmembrado três vezes, fazendo com que o julgamento do goleiro Bruno Fernandes, de sua ex-mulher Dayanne Rodrigues e do ex-policial, Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola" fosse adiado para março. "Nunca vi isso em nenhum julgamento. Nunca ocorreu antes", disse. Francisco Santiago aproveitou para elogiar o trabalho do colega, Henry Wagner Vasconcelos, promotor do caso Bruno. Segundo ele, Henry está fazendo um excelente trabalho no julgamento. "Ele foi perfeito, teve coerência e teve prova técnica, mesmo sem a presença do cadáver ,o que dificultava o processo", exaltou. Já sobre "Macarrão", Santiago espera uma pena alta para o acusado. Segundo ele, apesar da lei que atenua a pena em caso de confissão espontânea, o réu falou meias verdades durante seu depoimento e, por isso, seu benefício não será maior. O promotor disse ainda que "Macarrão" sabe que Bola participou do crime, e que Eliza foi entregue para o ex-policial, mas não disse nada por medo.