Estrada Real: roteiro da fé quer incrementar turismo

Danilo Emerich - Hoje em Dia
16/12/2013 às 07:14.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:49
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

A Secretaria de Estado de Turismo (Setur) busca na fé uma forma de alavancar o turismo na Estrada Real. Até abril será instalada a infraestrutura do “Caminho Religioso: de Padroeira a Padroeira”, entre os santuários da Serra da Piedade, em Caeté, na Grande BH, e da padroeira do Brasil, em Aparecida do Norte (SP).

A aposta é um roteiro integrado de turismo religioso, envolvendo 86 municípios, dos quais 81 mineiros, totalizando 600 quilômetros destinados à peregrinação e meditação. Todo o trajeto terá sinalização turística inspirada no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. A primeira placa foi instalada na quinta-feira, no Santuário da Serra da Piedade.

Na ocasião, o secretário estadual de Turismo, Agostinho Patrus Filho, disse que os mineiros representam cerca de 50% dos brasileiros que vão a Aparecida todos os anos, e a intenção é oferecer um novo atrativo aos turistas. “Além da religiosidade, o movimento desencadeia a geração de empregos, renda e a consequente melhoria da qualidade de vida das comunidades ao longo do Caminho”, afirmou Patrus.

Segundo a superintendente de Estruturas do Turismo da Setur, Graziele Vilela, até abril 1.771 totens de sinalização e informação, 38 paraciclos serão instalados ao longo do projeto, próximos de pontos turísticos nas cidades, além de outros itens. “Após esse trabalho, faremos uma ação promocional. Serão mais de R$ 4 milhões investidos”, disse.

Graziele disse que parte dos municípios ainda não possuem infraestrutura bem desenvolvida, como hotéis, pousadas e restaurantes, e, por isso, será necessário um guia para o turista se programar. “São 11 milhões de peregrinos ao ano de todo o Brasil para Aparecida. Se no primeiro ano atrairmos 1%, já será um avanço”, afirmou.
A medida agrada turistas, mas com ressalvas. A dentista Ariadne Louise da Silva, de 23 anos, que vai três vezes por ano ao Santuário da Serra da Piedade, disse que é preciso ter cuidado com o meio ambiente. “Não adianta estimular o turismo se houver degradação. Muitas pessoas não respeitam”, disse.

Para isso, segundo Graziele, a Setur pleiteia verbas para um trabalho de educação ambiental, com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, além de fazer parcerias com prefeituras e empresas ao longo do caminho.
 

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