Estrangeiros invadem a Feira Hippie e viram atração

Danilo Emerich - Hoje em Dia
16/06/2014 às 07:47.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:01
 (André Brant/Hoje em Dia)

(André Brant/Hoje em Dia)

Quem andou nesse domingo (15) pela Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, a Feira Hippie, no Centro de Belo Horizonte, poderia dizer que a capital mineira parecia uma Torre de Babel. Além das variações do português, a todo momento se escutavam pessoas conversando em espanhol, inglês, francês e grego, entre outros idiomas.   No entanto, a dificuldade com a língua não desanimou os feirantes. Ao contrário, houve quem aproveitou a maior presença dos turistas para tentar vender mais. O administrador belga Benny Libbrecht, de 52 anos, e a esposa, a cabeleireira Els Bultijnck, de 51, estavam entre os “gringos” que aproveitaram para conhecer a Feira Hippie. Eles decidiram conciliar as férias, a vontade de conhecer o Brasil e a possibilidade de assistir ao jogo da Copa do Mundo entre Bélgica e Argélia, na próxima terça-feira.   “A cidade é muito grande e estamos adorando tudo. A população, o clima, a comida, a natureza. Um amigo sugeriu a feira e é impressionante a diversidade cultural. As pessoas deveriam viajar mais para o Brasil”, afirmou Benny.   O colombiano Fredy Suarez Castillo, de 38 anos, também gostou da Feira da Afonso Pena. Ele estava com toda a família e veio para acompanhar a seleção de seu país na Copa.    “Achei as coisas muito mais organizadas do que de onde eu venho. A cultura é incrível, mas o que mais gostei foi a carne”, brincou. O latino partirá agora para visitar São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e, para finalizar o tour, Foz do Iguaçu. Uma grande quantidade de argelinos também circulavam pela Feira Hippie, vários com camisas, faixas e bandeiras da Argélia. A todo momento eles paravam para fotografar e serem fotografados pelos brasileiros.   Vendas   A expositora da Feira Hippie Adriana Cristina Silva Santos, de 45 anos, comemorou a maior presença dos estrangeiros. Ela disse não falar bem o inglês, mas que conseguia “se virar”. “A expectativa era de que houvesse ainda mais turistas. É uma oportunidade para melhorar as vendas e divulgar nosso trabalho e a cultura de Minas Gerais”, disse a vendedora de artesanato.   Segundo o presidente da Associação dos Expositores da Avenida Afonso Pena, Willian dos Santos, o evento semanal foi incluído no tour turístico organizado pela Prefeitura de Belo Horizonte. A média dominical é de aproximadamente 70 mil pessoas circulando na Feira Hippie. “A expectativa com os estrangeiros é boa. É o melhor lugar para o turista ter uma dimensão da nossa cultura”, afirmou Santos.

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