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A ansiedade do estudante mineiro Vitor de Avila Penzin, inscrito para prestar o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) pela primeira vez, transformou-se em frustração. Se quiser fazer as provas, que serão realizadas neste fim de semana, o jovem de 17 anos terá que percorrer 550 quilômetros.
Isso porque ele mora no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. Porém, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) determinou que o aluno faça o exame na Escola Nossa Senhora da Pena, no bairro Israel Pinheiro. A instituição, contudo, fica no Norte de Minas Gerais.
"O inacreditável é o descaso. Não temos o que fazer. Como está muito próximo do exame não dá tempo de tomar nenhum medida, nem acionar à Justiça", lamentou Antônio Carlos Penzin Neto, pai do estudante.
Segundo ele, ao perceber a falha o filho entrou em contato com o Inep e com o Mec. A resposta foi curta e não solucionou o problema. "As informações do cartão de confirmação da inscrição são as que foram prestadas no ato da inscrição pelo participante", limitou-se.
Os dados preenchidos pelo estudante, no entanto, comprovam que ele informou ser morador da capital mineira. "Tem um autoatendimento no site do MEC para fazer reclamação, inclusive eles são muito educados. O problema é que só geram números de protocolos e não resolvem o problema", pontuou Penzin Neto.
Por estudar em uma escola internacional em que o aluno letivo só irá ser concluído no primeiro semestre de 2017, o prejuízo de Vitor foi menor, uma vez que neste ano ele faria o Enem na condição de treineiro. A revolta com a situação, contudo, foi enorme.
Procurado pela reportagem para esclarecer o ocorrido, o Inep não se manifestou até a publicação desta matéria.
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