Estudantes mineiros combatem o racismo e campanha ganha as redes sociais

Letícia Alves - Hoje em Dia
14/05/2015 às 06:23.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:00
 (Olavo Prazeres)

(Olavo Prazeres)

Paula, Demaísa, Lia, Vanessa, Diego, Albert e dezenas de outros mineiros são as novas faces da luta contra o racismo. Com a hashtag “Ah Branco, dá um tempo”, eles levantaram a bandeira de uma campanha contra o preconceito dentro e fora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).


A iniciativa ganhou as redes sociais e fez muita gente estampar o apoio à iniciativa também em Brasília (DF) e Salvador (BA), em manifestação nacional realizada nesta quarta-feira (13) – dia em que a abolição da escravatura no Brasil completou 127 anos.


A campanha partiu de uma ação semelhante difundida na Universidade de Harvard, no ano passado. Nos Estados Unidos, as manifestações receberam o slogan “I, too, am Harvard”.


No mesmo modelo americano, o movimento de Juiz de Fora consiste em postar nas redes sociais uma foto com uma frase racista já ouvida pelo participante. As postagens acompanham a hashtag do movimento e o 13 de maio.


Discussões


A intenção é alertar sobre atitudes racistas ainda frequentes, afirma uma das organizadoras da campanha, a estudante da Faculdade de Comunicação Paula Duarte. “Queremos dar visibilidade ao movimento negro, desmistificar que vivemos em uma democracia racial, destacando que o racismo ainda existe”.


É o que confirma a estudante de Filosofia da UFJF, Demaísa Alves, que estampou nas redes um comentário frequente sobre o cabelo afro. “É uma frase que revela o quanto o racismo está presente no nosso dia a dia”.


A UFJF informou, em nota, dá apoio à campanha, que amplia as discussões sobre o racismo em toda a sociedade. A universidade destacou que está ciente “dessa infeliz realidade” e, por isso, tem desenvolvido políticas de inclusão.
 

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