Estudo reprova qualidade da água em três rios de Minas Gerais

Hoje em Dia
18/03/2015 às 17:48.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:23

Um levantamento feito pela Fundação SOS Mata Atlântica em 111 rios de cinco estados brasileiros e do Distrito Federal mostra que 23,3% da água apresenta qualidade ruim ou péssima. Em Minas Gerais, três ribeirões passaram pela análise. Os piores resultados foram obtidos pelo rio Mutum, na cidade de mesmo nome, no Vale do Rio Doce, e pelo córrego São José, em Bicas, na Zona da Mata mineira. Já o rio Jequitinhonha, na região de mesmo nome, na altura do município de Almenara, está em situação regular.    O estudo foi realizado também em municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal. Ao todo, 301 pontos de coleta dos 111 rios distribuídos em 45 municípios foram analisados. Dos resultados medidos, 186 pontos (61,8%) apresentaram qualidade da água considerada regular, 65 (21,6%) foram classificados como ruins e 5 (1,7%) apresentaram situação péssima. Apenas 45 (15%) dos rios e mananciais mostraram boa qualidade – aqueles localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.   Segundo a SOS Mata Atlântica esse foi o levantamento mais amplo até hoje coordenado pela instituição. “Esses indicadores revelam a precária condição ambiental dos rios urbanos monitorados e, somados aos impactos da seca, reforçam a necessidade urgente de investimentos em saneamento básico. A falta da água na região sudeste é agravada pela indisponibilidade decorrente da poluição e não apenas da falta de chuvas. Rios enquadrados nos índices ruim e péssimo não podem ser utilizados para abastecimento humano e produção de alimentos, diminuindo bastante a oferta de água”, alertou Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.   A coleta para o levantamento, que têm como base a legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), é realizada por meio de um kit desenvolvido pelo programa Rede das Águas, da SOS Mata Atlântica, que possibilita uma metodologia para avaliação dos rios a partir de um total de 16 parâmetros, que incluem níveis de oxigênio, fósforo, o PH e aspecto visual. O kit classifica a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).

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