Ex-estagiária acusada de fraudar INSS de BH pode ter dado rombo de R$ 20 milhões

Hoje em Dia*
21/11/2014 às 10:26.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:07
 (Carlos Rhienckk/Hoje em Dia)

(Carlos Rhienckk/Hoje em Dia)

Uma ex-estagiária do INSS foi presa por estelionato, nesta sexta-feira (21), durante Operação Lewinsky, deflagrada pela Polícia Federal em Belo Horizonte. Conforme levantamento da PF, o golpe causado pela mulher pode ter causado prejuízo de até R$ 20 milhões aos cofres públicos.   Segundo os delegados Felipe Drummond, Paulo Henrique Barbosa e Marcílio Zoprato, nesta manhã foram cumpridos dois mandados judiciais de busca e apreensão e um de prisão preventiva nos escritórios da suspeita, nos bairros Gutierrez e Barro Preto, regiões Oeste e Central da capital, respectivamente.   A estelionatária foi detida e encaminhada ao Complexo Penitenciário Estevão Pinto, onde permanecerá à disposição da Justiça Federal. Aos policiais, ela negou o crime. Contudo, os delegados alegaram ter provas robustas que comprometem a suspeita.   Nos escritórios dela, foram apreendidos aparelhos eletrônicos e boletins médicos em branco. As investigações apontam que a ex-estagiária agia sozinha, sem a ajuda de servidores do INSS. Ela trabalhou no órgão, na área de concessão de documentos para aposentadoria, em 1995.   Atualmente, a suspeita atua como pscicóloga e possui uma clínica, que será investigada se não funciona como fachada para realização do crime.   Reincidente   De acordo com a PF, a estelionatária já havia sido investigada em diversos inquéritos e condenada pela Justiça Federal em duas ações penais, pelo mesmo crime. Porém, mesmo sentenciada, ela nunca foi presa e continuava a agir em BH e Divinópolis. Além disso, a mulher tentava difundir o golpe para o interior do Estado. Se condenada, ela pode ficar até seis anos e meio na cadeia.   Golpe   O golpe começou a ser investigado com o surgimento de processos de aposentadoria com documentos falsos, todos levando ao nome da estelionatária. As apurações, que contaram com o auxílio da Previdência Social, demonstraram que a ex-estagiária, mediante pagamento, aliciava interessados em obter aposentadorias junto ao INSS e fornecia a eles documentos contendo vínculos empregatícios falsos; por vezes na forma de certidões de tempo de serviço de órgãos públicos.    A PF não soube precisar quantos golpes foram aplicados pela ex-estagiária, mas o número pode ser superior a 50. Com a continuidade das investigações, serão instaurados inquéritos policiais específicos para cada aposentado beneficiado pelo esquema, com pena prevista de seis anos e meio de prisão.   *Com Patrícia Scofield

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