O ex-secretário estadual de Saúde de Minas, Carlos Eduardo Amaral, e mais quatro integrantes da pasta foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pelo crime de peculato. A suspeita é de que eles desviaram vacinas dos municípios para imunizar integrantes da secretaria em janeiro de 2021.
O caso ficou conhecido como "fura-fila da vacinação" e foi tema de CPI na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Além de Carlos Eduardo Amaral, o MPMG inclui na denúncia o ex-secretário adjunto, Marcelo Cabral; o ex-chefe de gabinete do secretário de Estado de Saúde, João Márcio Silva de Pinho; a subsecretária de Vigilância da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Janaína Passos de Paula; e a diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da SES, Janaína Fonseca Almeida Souza.
De acordo com o MPMG, os denunciados se apropriaram de 5% dos imunizantes referentes à "reserva técnica" das duas primeiras remessas que chegaram ao Estado para vacinarem 832 servidores da SES.
Em nota, o Governo de Minas informou que foram instaurados Processos Administrativos Disciplinares (PAD) na Controladoria-Geral do Estado para investigar supostas irregularidades no processo de vacinação. Os processos foram concluídos e aguardam emissão de parecer de julgamento.
O ex-secretário Carlos Eduardo Amaral disse que os servidores vacinados trabalhavam no combate à pandemia e estavam na ordem correta do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Veja a nota na íntegra:
A reportagem está em contato com a Controladoria-Geral do Estado, mas não teve retorno. O ex-secretário adjunto, Marcelo Cabral e o ex-chefe de gabinete do secretário de Estado de Saúde, João Márcio Silva de Pinho, não foram localizados.
Matéria em atualização.