Investigações começaram em 2019 e investiga licitações concedidas entre 2017 e 2020 (Divulgação/Prefeitura de Contagem)
Dois ex-secretários municipais de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo um deles vereador em exercício, foram presos na manhã desta sexta-feira (6) suspeitos de fraude na gestão do aterro sanitário da cidade. A ação foi resultado da operação conjuta do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Polícia Civil (PC).
Um terceiro envolvido, um empresário, também foi preso. Outros três homens estão foragidos. Um outro ex-secretário, também envolvido nas investigações, está internado em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Não foi expedido nenhum mandado de prisão em seu nome.
O objetivo da operação, nomeada Purgamentum, é desarticular uma associação criminosa que operava empresas administradoras do aterro sanitário de Contagem. Além disso, busca provas de aproveitamento financeiro das fraudes e de ocultação de patrimônio. Outras suspeitas, ocorridas entre 2017 e 2020 estão sendo apuradas.
A investigação, iniciada em 2019, comprovou a existência de esquema de fraude à licitação para contratar uma empresa, em 2017. Ela prestaria serviços de administração, operacionalização, manutenção e ampliação do aterro sanitário. De acordo com o MPMG, a contratação foi feita sem licitação e com "fortes indícios" de favorecimento e superfaturamento.
O MPMG ainda indica que a empresa é ligada a políticos influentes das cidades de Brumadinho e Contagem. A empresa contratada estava inativa desde 2003.