(Paulo Henrique Lobato )
Vítima da síndrome de Hanhart, David César, de 30 anos, nasceu sem os braços e as pernas. Mas, toda limitação não o impede de ser um vitorioso. Tampouco de curtir o Carnaval, uma das maiores paixões do rapaz que ganha a vida como coordenador de acessibilidade no estadio Mineirão.
César se divertiu nesta segunda-feira (24) no bloco Unidos do Barro Preto, no bairro homônimo da região Centro-Sul de Belo Horizonte. "É a terceira vez que saio no bloco".
E ele quer mais: "Curti o Volta Belchior e vou sair em outros grupos". Contando com a ajuda de amigos, ele acompanha os blocos sobre uma cadeira de rodas, como se ela fosse extensão de seu corpo.
"Carnaval é a manifestação dos corpos diferentes dentro das ruas", diz o atleticano fanático, que valoriza o bom humor e a dedicação das pessoas em ir atrás dos objetivos.
A síndrome de Hanhart é desenvolvida ainda na fase embrionária do feto. Ela impede que a pessoa nasça com pernas, braços e/ou dedos.