(André Brant/Hoje em Dia)
Previsto para entrar em campo apenas em situações de emergência, o Exército participará das ações de segurança em Belo Horizonte durante a Copa do Mundo, a partir desta quarta-feira, em conjunto com as polícias Militar e Civil. A atuação imediata dos 1.500 soldados, incluindo reforço da tropa de Petrópolis, no Rio de Janeiro, no entanto, ficará restrita à proteção das chamadas estruturas estratégicas. As forças Armadas poderão atuar, de forma imediata, apenas em hotéis com delegações da Fifa, no centros de treinamento das seleções, em rotas utilizadas pelas comitivas e em áreas de fornecimento de energia elétrica e de telecomunicações. Já a ação nas ruas, como contingência, só poderá ocorrer quando autorizada formalmente pela Presidência da República, mediante pedido do governo estadual. Nesse caso, ao Exército caberá a coordenação das ações de segurança. “Nossa atuação no eixo de contingência só acontecerá caso haja insuficiência ou inexistência por parte da Polícia Militar”, reforçou o general-de-divisão Mário Lúcio Alves de Araújo, comandante da 4ª Região Militar de Belo Horizonte. Armadura A tropa oficial foi apresentada na última segunda-feira (9), no 12º Batalhão de Infantaria, no Barro Preto, na região Central da capital. Os homens, que atuaram na Copa das Confederações, em 2013, e em missões no Haiti e no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, usarão uma espécie de armadura, o kit anti-tumulto, informalmente chamado de robocop. A vestimenta, assim como parte do armamento que será usado, somam investimentos de mais de R$ 300 milhões, realizado no âmbito federal. “Foram importados R$ 35 milhões em equipamentos de defesa química, biológica e nuclear, sem falar nos R$ 270 milhões investidos para capacitar as tropas de todo o Brasil”, detalhou o comandante da 4ª Região Militar.