(Hoje em Dia)
A extensão do Move para a avenida Amazonas, entre a avenida Paraná e o Anel Rodoviário, com nove quilômetros de extensão, terá que esperar. O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, confirmou nesta terça-feira (11) que não há recursos para iniciar a obra, como estava previsto pela própria prefeitura. A obra chegou a entrar na previsão orçamentária deste ano. Em 22 de maio deste ano, o presidente da BHTrans, Ramon Victor César, chegou a anunciar que estava em elaboração o edital para contratação do projeto executivo da intervenção. Segundo Lacerda, a crise econômica foi o motivo para o adiamento da obra na avenida Amazonas. “A crise econômica e a falta de recursos têm atrasado e paralisado muitas obras e projetos. O BRT da Amazonas é um deles. Naquela época, o ministro Kassab esteve aqui, tivemos uma longa reunião, mostramos todos os projetos pendentes. Depois disso, o Ministério nos autorizou a licitar projetos que estavam pendentes de solução, como o problema de enchentes da Prudente de Morais, que estamos relicitando, e uma bacia de detenção no bairro das Indústrias. Após a reunião com o Kassab, aquilo que dependia de recursos federais foi autorizado, como estes dois projetos”, afirmou. O prefeito ainda disse que outras intervenções só estão em andamento pois já estavam com recursos garantidos. “Outros projetos que temos financiamento, como é o caso de contenção de enchente da Avenida Cristiano Machado e do novo trecho do Boulevard Arrudas, na Rodoviária, estamos tocando, pois já tínhamos o financiamento. O BRT Amazonas, neste momento, está sem recurso definido.”, declarou Marcio Lacerda. A previsão era construir de uma versão “light” do Move na Amazonas, avenida que corta a região Oeste de Belo Horizonte. Em agosto de 2014, a intevenção estava orçada em cerca de R$ 547 milhões. Na época, a prefeitura informou que contava com R$ 377 milhões, segundo o prefeito Marcio Lacerda. No entanto, ainda aguarda financiamento de R$ 170 milhões junto ao governo federal para iniciar o projeto executivo e, depois, as obras. O “BRT Light”, segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor, não exigirá desapropriações. Em um corredor central, exclusivo para ônibus, serão construídas duas faixas de rolamento, uma em cada sentido.