Falso médico é denunciado e detido em Caetanópolis

Tabata Martins - Hoje em Dia
11/04/2014 às 18:52.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:05

Um falso médico foi detido nesta sexta-feira (11), em Caetanópolis, na região Central de Minas Gerais. Jeferson Morais Evangelista, de 39 anos, foi denunciado por um colega e abordado por policiais militares nas instalações do Hospital Doutor Pacifico Mascarenhas, no Centro da cidade.   De acordo com o sargento Filipe Fagundes Cardoso, do 25º Batalhão da Polícia Militar (PM), o denunciante alegou que, mesmo sem diploma, Evangelista atendia na unidade de saúde como clínico geral, assim como fornecia diagnóstico e prescrevia remédios para pacientes diariamente. "Além da denúncia do colega do falso médico, várias enfermeiras e técnicas me confirmaram que ele atendia como um médico comum. No entanto, descobri que ele não tem registro no Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG) e não me apresentou o diploma dele", explica o sargento.   Ao ser questionado sobre o fato de exercer a profissão de médico de forma irregular, Evangelista afirmou para o sargento Cardoso que se formou na Bolívia e que atuava no hospital com a supervisão de um outro médico. "Ele disse que fazia uma espécie de estágio, mas, como também não tem qualquer relação com alguma instituição de ensino, exercia a profissão de médico de forma irregular da mesma maneira. Ainda relatou que apenas fazia acompanhamentos e que quem assinava as prescrições médicas era seu supervisor, que não foi localizado no hospital", conta o policial.   Evangelista foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Caetanópolis, onde, após prestar depoimento, assinou um  Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado. O falso médico vai responder o processo em liberdade pelo crime de uso irregular da profissão e, se condenado, pode ser penalizado com multa e/ou ficar preso de 15 dias a 3 meses.   Ainda conforme o sargento Cardoso, o provedor do hospital onde o falso médico trabalhava é representante do CRM-MG na cidade e Evangelista afirmou que ele e toda a direção da unidade tinha conhecimento da sua situação irregular. "Ele garantiu que trabalhava com o total consentimento da direção do hospital, inclusive do provedor e representante do CRM-MG".   A reportagem do Hoje em Dia tentou contato com os responsáveis pelo hospital, mas não obteve sucesso.  

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