Famílias que ocupam terreno da Granja Werneck podem ser despejadas a qualquer momento pela PM

Ricardo Rodrigues - Hoje em Dia
06/08/2014 às 19:37.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:41
 (CARLOS RHIENCK/Hoje em Dia)

(CARLOS RHIENCK/Hoje em Dia)

O chefe do Comando de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), coronel Ricardo Machado, afirmou nesta quarta-feira (6) que vai cumprir o mandado de reintegração de posse de áreas onde moram mais de oito mil famílias, nas ocupações Rosa Leão (1.500 famílias), Vitória (4.500 famílias) e Esperança (2.638 famílias), no território da Granja Werneck, região do Isidoro, na divisa entre Belo Horizonte e Santa Luzia.   A determinação foi comunicada nesta quata-feira (6) a líderes comunitários e representantes de orgãos públicos, pelo comandante da operação, durante reunião no 13º Batalhão da PM, no bairro Planalto e a operação militar pode ocorrer a qualquer momento. Por uma questão de estratégia dos órgãos estaduais de Defesa Social, a data do despejo dessas famílias não foi informada.    No apoio ao oficial de Justiça para cumprir o mandado de reintegração de posse, "todo o efetivo disponível será utilizado, não será uma pequena fração. Vamos utilizar a quantidade necessária de policiais", adiantou ao Hoje em Dia o major Didier Ribeiro Sampaio, piloto do batalhão de Radiopatrulhamento Aéreo do CPE. Ele disse que a ação militar "vai primar pela supremacia de forças". Estão submetidos ao CPE a Rotam, a Cavalaria, os Batalhões de Choque e de Radiopapatrulhamento Aéreo, Canil e o efetivo da Primeira Região da PMMG na capital.    A reunião presidida pelo coronel Machado foi em conformidade à Lei Estadual 13.604/2000, que estabeleceu medidas de operacionalização e cumprimento do mandado, antes, durante e imediatamente após, inclusive in loco, cientificando os respectivos membros a respeito das datas e horários das reuniões e diligências a serem adotadas para efetivação das decisões judiciais. Segundo o comandante da operação, a reunião teve o objetivo de "reunir todos os atores" envolvidos na questão. A lei, referendada pelo Tribunal de Justiça (TJMG), instituiu Comissão Especial, composta por membros dos Três Poderes, para acompanhar os trabalhos dos despejos coletivos, incluindo as respectivas “operações policiais”.

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