Farmaceuticas podem responder ação por embalagens semelhantes para remédios diferentes

Da Redação (*)
horizontes@hojeemdia.com.br
20/07/2016 às 19:36.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:23
 (Sxc.hu)

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Três industrias farmaceuticas que fornecem medicamentos para hospitais públicos de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foram oficiadas em ação pública do Ministério Público Federal (MPF). O órgão alega que as empresas produzem remédios diferentes com embalagens, formatos e etiquetas semelhantes.

As empresas Isofarma Industrial Farmacêutica, Farmace Indústria Químico Farmacêutica Cearense e Equiplex Indústria Farmacêutica são consideradas réus na ação. As empresas são responsáveis pelo abastecimento de medicamentos do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia e do Hospital Municipal Odelmo Leão Carneiro.

Exemplos da ocorrência foram acusados pelo MPF nas embalagens semelhantes de cloreto de sódio 20% e 0,9%, glicose 50% e água para injeção, que possuíam. Outros casos foram identificados em medicamentos de alto risco. Segundo o órgão, a grande semelhança nas etiquetas nestes medicamentos é responsável direta dos erros médicos decorrentes da falha humana.

“É óbvio, portanto, que a indústria tem um papel fundamental na prevenção e redução dos riscos hospitalares”, afirma Cléber Eustáquio Neves, procurador da República e autor da ação. “Embalagens quase idênticas, de uma só cor, mesma forma ou tamanho, podem induzir a erro o profissional de saúde, normalmente sobrecarregado pela carga de trabalho e pela quantidade de pacientes”, explica.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela regulamentação dos produtos e serviços à saúde pública, também foi oficiada e pode responder à ação.

O outro lado

A Isofarma Industrial Farmacêutica, a Farmace Cearense e a Equiplex afirmaram que comercializam os medicamentos segundo as normas estabelecidas pela Anvisa. A agência, por sua vez, diz que a padronização dos medicamentos da forma como se encontra hoje não traz riscos à saúde dos cidadãos.

(*) Com informações do MPF

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