Primeiro registro da doença foi confirmado nesta quarta-feira, no Sul de Minas
Após a confirmação do primeiro caso de febre amarela em Minas, neste ano, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) recomendou aos municípios adotar ações imediatas de vacinação dos moradores que não receberam a dose contra a doença. Dentre as medidas solicitadas está a busca ativa das pessoas sem a proteção. O objetivo é reduzir o número de mineiros suscetíveis à enfermidade, que é grave e pode matar.
As recomendações foram repassadas nesta quarta-feira (8), mesmo dia em que as informações sobre o infectado foram disponibilizadas. O paciente é um idoso, de 65 anos, morador de Camanducaia, no Sul do Estado. Ele está internado em São Paulo, onde faz tratamento contra um câncer e "não corre risco de morrer", informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
O homem é proprietário de um sítio próximo a uma área de epizootia (morte de primatas) recente, em Itapeva, na mesma região. O caso é acompanhado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-MG).
A vacina é a principal prevenção da doença. O imunizante está disponível em todas as unidades básicas de saúde do território mineiro. A dose é indicada para pessoas a partir de 9 meses de idade.
O esquema vacinal em crianças menores de 5 anos compreende duas doses - a primeira aos 9 meses e o reforço aos 4 anos. Pessoas de 5 a 59 anos, não vacinadas, devem receber uma dose única.
Nas demais situações, caso a pessoa tenha recebido apenas o imunizante antes de completar 5 anos, deve ser administrada uma dose de reforço, independentemente da idade atual.
Pessoas com 60 anos ou mais de idade poderão ser vacinadas após avaliação das condições de saúde e existência de possíveis contraindicações.
Quem não recebeu a vacina, mas vai viajar para o exterior ou áreas com circulação do vírus da febre amarela deve receber a proteção com pelo menos com 15 dias de antecedência.
De acordo com a SES, a cobertura vacinal contra a febre amarela em Minas é de 86,27% (menores de 1 ano). As demais faixa etárias não foram informadas. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%.
Em 2023, foi confirmado um óbito por febre amarela em Monte Santo de Minas, também na região Sul. O paciente era do sexo masculino e não estava vacinado contra a doença. Ele tinha histórico de deslocamento para São Sebastião do Grama, em São Paulo.
No ano passado, mais uma morte foi confirmada. Desta vez em Águas de Lindóia (SP), mas com local provável de infecção em Monte Sião, na mesma regional mineira. Ainda no Sul de Minas, em 2024 e já neste ano, foram registradas duas epizootias para febre amarela em Ipuiúna.
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