Ministério da Saúde recomenda cobertura vacinal de 95%; na capital, índice chega a quase 92%
A febre amarela é uma doença viral grave transmitida pela picada de mosquitos infectados (Divulgação/Fhemig)
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai promover uma semana dedicada à vacinação contra a febre amarela em Belo Horizonte. De segunda (24) a sexta-feira (28), haverá uma ação no campus da Pampulha, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. Na capital, a cobertura vacinal está em quase 92% - o Ministério da Saúde recomenda 95%.
O público-alvo da ação são as pessoas que circulam regularmente no campus: estudantes, servidores docentes e técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados – uma população estimada entre 40 mil e 50 mil pessoas. Após a verificação da carteira de vacinação, profissionais da Secretaria vão aplicar a vacina nas pessoas que nunca receberam o imunizante e naquelas que não conseguirem comprovar que receberam.
A vacinação ocorrerá das 9h às 16h. Na segunda, 24, e terça, 25, os imunizantes serão aplicados no Departamento de Saúde do Trabalhador (Dast), instalado na Unidade Administrativa 2. Na quarta, 26, e quinta-feira, 27, o posto de imunização estará montado na Escola de Veterinária (ao lado da portaria principal da Unidade). E na sexta, 28, no bloco C do CAD 2.
O esquema vacinal contra a febre amarela é composto de uma aplicação aos nove meses de idade e outra aos quatro anos. Acima de quatro anos, o imunizante é administrado em dose única.
Há casos em que a vacinação é contraindicada, como para pessoas com doença febril aguda, pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina, eritromicina e canamicina), gestantes – cujo quadro deve ser avaliado pelo médico –, pessoas com imunodepressão grave por doença ou por uso de medicação e em tratamento e pacientes com câncer.
Além disso, pessoas com mais de 60 anos deverão apresentar uma autorização médica para a aplicação da dose.
A febre amarela é uma doença viral grave transmitida pela picada de mosquitos infectados, principalmente das espécies Aedes aegypti (em áreas urbanas) e Haemagogus (em áreas silvestres).
Os sintomas podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de três a seis dias após a infecção. Na fase inicial, a pessoa pode ter febre, dores de cabeça e nas costas e náuseas, por exemplo. Na fase mais grave, a febre pode subir muito, e podem ocorrer hemorragias, problemas no coração e insuficiência hepática e renal.
O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue que identificam a presença do vírus. Em caso de sintomas, a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima e informar o médico sobre qualquer viagem realizada para áreas rurais, silvestres ou de matas nos 15 dias anteriores. Em caso de infecção, como não há um medicamento contra a febre amarela, o tratamento é descansar, beber muitos líquidos e tomar remédios apenas para aliviar a febre e as dores, sempre com orientação médica.