(Sind-Saúde)
Os trabalhadores da saúde comemoraram o pedido de suspensão temporária do fechamento da Unidade Ortopédica Galba Velloso, complexo que pertence ao Hospital João XXIII e fica no bairro Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte. Nessa quarta-feira (16), eles receberam o comunciado da Advogacia Geral do Estado e interromperam a ocupação no prédio.
No documento, assinado pelo procurador do Estado de Minas Gerais, Gustavo Brugnoli Ribeiro Cambraia, a Fhemig justifica a decisão como uma forma de "aprofundarmos na análise da questão, buscando uma decisão mais acertada e eficaz do ponto de vista da assistência ao usuário e do trato com os servidores da Unidade".
Entre as considerações, está a questão do fechamento ser um ato complexo e que pode gerar impactos na rede assistencias, tanto do município quanto do estado
Na página da Fhemig na internet, uma nota esclarece que o fechamento está mantido. "Durante a sessão na ALMG (no dia 10 de agosto), o presidente da Fhemig, Tarcísio Dayrell Neiva, deixou claro aos presentes (dentre eles, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, membros do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde do Estado de Minas Gerais – Sind-Saúde, membros do Conselho Estadual e Municipal de Saúde e a promotora de Justiça de Defesa da Saúde, Josely Ramos Pontes) que a Fhemig não possui dotação orçamentária para realizar a reestruturação da unidade ortopédica, de modo a adequá-la às exigências da Vigilância Sanitária (Visa). Mas solicitou extensão do prazo por entender que o encerramento das atividades na Unidade Ortopédica Galba Velloso (UOGV) deve ser progressivo e planejado, assegurando a qualidade do atendimento aos usuários. Assim, ao longo desse período, como estratégia momentânea, a UOGV irá permanecer como apoio do HJXXIII para atender os casos com menor grau de complexidade", esclarece.
Já o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) comemora o pedido de prazo como um avanço nas negociações.
procurou pelo MP e aguarda retorno.
Entenda
A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) anunciou, em julho deste ano, o fechamento da unidade e alegou que o encerramento das atividades foi resultado de um acordo entre a gestão anterior e o Ministério Público, em função de inconformidades detectadas pela Vigilância Sanitária.
O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais alega a unidade atende mais de mil pessoas de todo Estado, por mês, e a medida vai trazer prejuízos tanto para pacientes quanto para os cerca de 200 funcionários.
No início de agosto, os servidores fizeram um protesto em frente à sede da Fhemig, no bairro Santa Efigêrnia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na época, eles chegaram a se reunir com o presidente da Fundação Hospitalar, Tarcísio Dayrell. Ele esclareceu que os servidores lotados na UOGV serão absorvidos por outras unidades da Rede, assim como as cirurgias realizadas na unidade.
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