Feriado do Dia do Trabalho termina com 23 mortos e 212 feridos nas estradas mineiras

O feriado do prolongado do Dia do Trabalho terminou com 23 mortes e 212 feridos nas estradas federais que cortam Minas Gerais. O balanço foi divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na tarde desta segunda-feira (5) e é referente ao período de 30 de abril ao último domingo (4).    Ao todo, foram registrados 271 acidentes, sendo que em 13 houve vítima fatais. Sete óbitos ocorreram durante a noite e madrugada. Além disso, a PRF informou que, em oito batidas frontais, 15 pessoas perderam a vida e quatro mortes envolveram motocicletas. O dia mais trágico foi sexta-feira (2), com nove óbitos, seguido de quinta (1º), seis, sábado (3), cinco, e domingo (4), três.   As rodovias mais violentas foram a BR-381, com seis óbitos, e 267, cinco. Porém, assim como os feriados de Páscoa e Tiradentes, nenhuma morte foi registrada no trecho da rodovia da morte, que está situado na BR-381, entre a capital mineira e João Monlevade, na região Central do Estado.   A corporação ainda esclareceu que não há como fazer comparativo com os últimos feriados já citados, uma vez que o Dia do Trabalho em 2013 caiu em uma quarta-feira e o período não foi considerado feriado prolongado. Entretanto, é possível constatar que esse feriado teve oito mortes a mais que os feriados de Páscoa e Tiradentes, quando foram registrados exatos 396 acidentes com 277 feridos e 15 óbitos. Dez mortes ocorreram nas BRs 040 e 116, sendo cinco em cada rodovia, duas nas BRs 365 e 135 e uma na 251 e 153.    Para o inspetor Aristides Júnior, chefe da assessoria de imprensa da PRF em Minas, o expressivo aumento do número de mortes é decorrente exclusivamente de falha humana. Ele garantiu que a corporação fez o mesmo tipo de fiscalização durante o último feriado prolongado de cinco dias.   Conforme o inspetor, o fato do movimento nas estradas ter sido bem menor, uma vez que a sexta-feira (2) foi dia útil para muitos mineiros, fez com os motoristas tivessem mais espaço e arriscarem mais. "Com as estradas mais vazias, aqueles que viajaram tiveram mais chances de fazer manobras perigosas, como as ultrapassagens. Com isso, o número de mortes foi maior. Uma prova da falha humana é que a maioria das vítimas, sendo 15 exatamente, morreu durante oito batidas frontais, que é o acidente mais grave que temos e, normalmente, causado por ultrapassagens mal sucedidas".   O balanço referente às estradas estaduais não foi divulgado pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv), que não montou operação especial para o Dia do Trabalho.   Lei Seca   A PRF também divulgou que 18 pessoas foram presas por dirigir sob o efeito de bebida alcoólica nas rodovias. Uma soma de 4.441 testes do bafômetro foi feita e 67 condutores autuados. Já 6.067 motoristas foram flagrados dirigindo com velocidade superior a permitida por meio de imagens de radar. (*Com informações da PRF)   Atualizada às 18h34.